segunda-feira, 31 de outubro de 2011

LIMITES


 Revoltante. Não há outra palavra para descrever o fato ocorrido aqui, na fraternal cidade de Assis. É possível que você, que está me lendo agora nem mesmo tenha ouvido falar da notícia, o que não seria impossível já que o assunto anda, digamos, meio abafado. O único veículo que noticiou alguma coisa foi o Voz da Terra na sua edição de sábado, mesmo assim, com muitos “dedos”.

  Estou falando do casal que foi covardemente espancado por um bando de playboys enquanto fazia uma caminhada no fim de semana retrasado. Segundo várias fontes, os agressores circularam durante alguns dias provocando as pessoas que comumente usam aquela via para correr ou caminhar. Quando o casal em questão manifestou sua revolta, os “valentões” foram buscar mais amigos e agrediram, repito, covardemente o casal, que ficou consideravelmente ferido, necessitando inclusive de hospitalização.

  Que a cidade já não tem mais a tranquilidade e a inocência interiorana, isso já não é novidade. A construção do presídio e a posição geograficamente privilegiada para o tráfico profissionalizaram nossa criminalidade. Mas, o que choca no caso em questão é que, os protagonistas em questão não são – tecnicamente – bandidos ou ladrões. São apenas filhinhos de papai buscando, pasmem, diversão.

  São todos de famílias conhecidas, filhos de empresários, comerciantes, funcionários. Será por isso que a imprensa pura e simplesmente se calou? Seria por isso que o assunto só “vazou”  graças ao onipresente Facebook? Eles frequentam os mesmos clubes que você. A mesma escola que seu filho. A mesma balada que a sua filha. Eles podem estar, agora, na sua casa.

  Custei a acreditar quando, há muito tempo atrás, um grupo idêntico pôs fogo em um índio em Brasília. Mas vejo que eles não têm limites. Aliás, talvez seja a resposta. Nunca lhes impuseram limites. E agora? Qual será o limite? É isso aí.

HALLOWEEN


   No meio político a piada ganhou corpo. Dizem que os integrantes do PSD vão comemorar o dia de Finados. Afinal os mortos foram fundamentais para a criação do partido.  Que maldade!

FEBRE

   A coisa é dada como certa. Após a recente saída do Secretário de Saúde, agora é sua substituta, que havia sido nomeada interinamente, é quem tem data para deixar o cargo. Dizem que a Saúde Municipal tem, desculpem o trocadilho, problemas crônicos. Perguntar não ofende, não é? Mas se o Prefeito é médico não deveríamos ter uma Saúde modelo? Ou não?

UTI

  E pelos nomes que estão sendo cogitados para a SMS, parece que encontraram a saída. A Rodovia SP 333.

FRASE


   “To make oneself hated is more difficult than to make oneself loved.”
Pablo Picasso 
“Tornar-se odiado é mais difícil do que fazer-se amado.”

DATA VÊNIA #8

   Um homem que tinha sido apanhado ao desviar milhões do seu empregador foi à procura de um advogado para lhe defender. Ele não queria ir para a cadeia. Mas seu advogado lhe disse: "Não se preocupe. Você nunca irá para a cadeia com todo esse dinheiro”. E o advogado estava certo. Quando o homem foi enviado para a prisão, ele já não tinha mais nem um centavo.

A IMAGEM

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domingo, 23 de outubro de 2011

TODOS POR UM...


   Governabilidade. Não sei dizer há quanto tempo essa palavra “existe”  na língua portuguesa mas posso garantir que é um desses neologismos que volta e meia aparecem por aí. Deveria designar um pacto que tem por finalidade conseguir administrar um governo em situação de crise. Mas, como não poderia deixar de ser, e seguindo a imensa criatividade dos atores políticos brasileiros, a expressão, tão logo é ouvida, nos remete a outro cenário.
  Passou a ser sinônimo de conchavo, da distribuição fisiológica de cargos, da concessão de vantagens, até mesmo em espécie.
  A governabilidade se instalou no dna das crises politicas, no cerne da banalização da queda de ministros, pilhados com a mão na massa ou a boca na botija, isso quando não em ambos.
  A governabilidade é a mãe da expressão “deixa o homem trabalhar”, cunhada pelos petistas em 2005, no auge de um dos maiores escândalos da República, quando veio a tona o mensalão, e é neta do decrépito e imortal “rouba mas faz”. 
  A governabilidade está instalada como um vírus na câmara de vereadores que, diante de uma (ou inúmeras) denúncias, deixa de lado seu papel fiscalizador e adota o discurso de que “tudo não passa de jogo político”. Investigar para que? Vai que se descobre o que está ali, exposto na vitrine? Quem vai querer perder as benesses, nem que seja uma ‘valiosa’ vaga de estacionamento?
  Quer um argumento maior ou melhor para se evitar constrangimento, cobrando providencias que deveriam ser urgentes mas que se perderam nos corredores dos imóveis alugados da administração?  Existe melhor resposta para o incomodo silêncio que se faz nas sessões do legislativo acerca das inexistentes obras de infraestrutura que o tempo, o clima, insiste irritantemente em vir a incomodar o sono obeso dos incompetentes? 
  E com isso, o círculo vicioso e autofágico do poder, mantém sua ilusão de que tudo está perfeito, tudo está maravilhoso. E que quem for nota dissonante nessa sinfonia, está prejudicando a governabilidade. Ao desgoverno então, ora bolas! É isso ai. 

TEMPESTADE

   Por falar em investigação (ou falta delas), o Conselho Superior do Ministério Público do Estado de São Paulo, não se satisfez, ao menos por enquanto, com os argumentos que foram utilizados para solicitar o arquivamento do inquérito civil que apura uma denuncia de possível superfaturamento na caixa d’água na obra do AME (clique aqui e relembre), que dominou o cenário político local no início do ano. Segundo o despacho da Procuradora Chefe, devem ser feitas novas diligências antes de se decidir pelo arquivamento ou prosseguimento do inquérito. 

SILENCIOSA


   E apesar do pedido de arquivamento do inquérito civil para apurar a possibilidade de superfaturamento da famigerada caixa d’água ter sido noticiado em letras garrafais na imprensa (oficial e paralela) local, a decisão da Procuradora Chefe de pedir novas diligencias foi sonoramente ignorada pelos órgãos da mídia local. Captou?

FRASE


“I became insane, with long intervals of horrible sanity.”
Edgar Allan Poe
“Tornei-me insano, com longos intervalos de horrível sanidade.”

NA JUSTIÇA


   A falta de qualidade dos imóveis do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’ deve parar na Justiça. Os moradores que se sentem prejudicados já se mobilizam.

O FERNANDO, DE NOVO

  Para quem tem gostado do Vlog do Fernando, vai aí o 3º. vídeo. Se tiver ouvidos ‘sensíveis’ melhor não assistir.


DATA VÊNIA #7


  É. Os laboratórios farmacêuticos estão substituindo as cobaias (ratos) pelos advogados e a coisa tem dado muito certo. Um proeminente cientista explica que foram três as razões que levaram os pesquisadores a fazer essa mudança:
•      Em primeiro lugar, hoje em dia existem muito mais advogados do que ratos no mercado;
•      O segundo motivo: os pesquisadores científicos não ficam tão ligados emocionalmente aos advogados quanto aos ratos;
•      Em terceiro lugar: por mais que seja necessário, existem algumas coisas que a gente fica com dó de fazer com os ratinhos.

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domingo, 16 de outubro de 2011

PASSADAS?


foto Marina Beatriz via AssisCity

  Não foi nenhuma novidade. Basta ver que esse assunto já foi abordado aqui em novembro de 2010 (É PAU, É PEDRA). Tudo bem que não foi uma chuvinha qualquer, foi um senhor “pé d’água”, mas nada que não ocorra pelo menos uma vez por ano. É simples, basta perguntar para quem mora nas imediações das Ruas Antonio Vieira Dias, Regente Feijó, Palmares, região mais atingida, apesar dos piores estragos terem ocorrido em outros pontos.

  O problema é tão conhecido, que quando surgiu a possibilidade de receber recursos do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC do Lula e da Dilma, o município correu a se candidatar a receber R$ 15 milhões, que seriam pagos em 20 anos para um mega projeto de drenagem urbana. O grande mote para conseguir a aprovação, principalmente junto da Câmara de Vereadores, foi exatamente a necessidade de obras urgentes de macro drenagem urbana. Os projetos foram iniciados, grandes intervenções foram feitas, mas as obras não só pararam como ninguém mais fala sobre o assunto. Chegam a dizer que o município “perdeu” o direito ao financiamento por não apresentar a documentação adequada. E ao que parece, não vem fazendo a lição de casa.

  E a principal prova de que esse tipo de evento climático é relativamente comum, ou ao menos previsíveis, são os danos da Av. Rui Barbosa, na baixada logo após o D.E.R. que ainda não havia sido reparada desde as chuvas da estação passada, apesar de insistentes cobranças, feitas inclusive pelo vereador Binato e o mesmo que aconteceu com uma das pontes da Água da Fortuna, que motivou inclusive um protesto da líder dos moradores na sessão da Câmara exatamente na sessão passada. Desnecessário dizer que nos dois pontos o reparo, agora, será muitas vezes mais dispendioso.

  Infelizmente esse espaço é pequeno para ficar citando todos os pontos onde ocorreram problemas.
       
  Responsabilidade e senso de priorização devem ser o norte do administrador, público ou privado. E não adianta lamentar a sorte ou jogar a culpa em São Pedro. Os fatos ocorridos na última sexta feira não são só águas passadas. São águas presentes e futuras. É isso aí. 

JÁ COMEÇOU

  As recentes trocas de partidos por parte de alguns vereadores já estão motivando ações questionando a fidelidade partidária, ou seja, o fato de que a “cadeira” pertence ao partido que elegeu o então candidato. O assunto promete.

O QUE É ISSO, COMPANHEIRO?

  Bem interessante foi o que ocorreu durante a semana passada. Em plena greve dos bancários, onde praticamente todas as agências foram impedidas de funcionar pelos membros do Sindicato dos Bancários, funcionários do Banco Itaú atenderam normalmente e sem qualquer tipo de pressão nas dependências do Teatro Municipal de Assis, cadastrando os servidores municipais, que a partir de agora serão obrigados a receber através daquela instituição financeira. Isso mesmo, uma instituição privada atendendo em um prédio público, em meio a uma greve nacional! Será que o fato dos petistas que aderiram ao governo municipal terem estreitas ligações com o Sindicato dos Bancários ajudou? Isso sim é sindicalismo de resultado.