domingo, 28 de novembro de 2010

ENTÃO É NATAL!


Você sabe que o Natal está chegando quando as populares bolas coloridas penduradas em “arvores” começam a aparecer e a Simone volta a cantar nas rádios. E você sabe que o Natal está chegando em Assis, quando além das alternativas anteriores você começa a ouvir sobre a eterna reclamação dos comerciantes em particular, e porque não dizer, da população de um modo geral: a decoração natalina das ruas comerciais da cidade.
Não que com a realização ou não da decoração o Natal deixe de acontecer. Mas como tenho dito em colunas anteriores, essa postura revela a forma que a cidade é tratada e, nesse aspecto somos obrigados a fazer uma reflexão.
E ao meu ver a conclusão é que falta capricho. Isso mesmo: capricho. Nossa cidade não possui nenhuma beleza natural: não temos praia, não temos rio, não temos montanha... Qualquer coisa de “bonito”, aqui, precisa ser feita, necessita da intervenção do homem. E não é isso que temos visto.
Perdemos o nosso shopping, que até podia ser pequeno, mas tinha seus atrativos. Apesar de termos tido nos últimos 4 anos a abertura de dois grandes supermercados, sentimos que temos potencial para algo mais. Estamos crescendo em termos comerciais pela iniciativa e investimentos individuais e pontuais, de alguns bravos comerciantes que insistem em apostar aqui na terrinha.
E quando verificamos que mais de 83% da nossa população economicamente ativa depende do comércio e dos serviços (dados da Fundação Seade - clique no link e selecione Assis), fica evidente que algo tem que ser feito para favorecer essa categoria, os comerciantes e a cidade como um todo.   
Segundo informações colhidas junto à Diretoria da Associação Comercial, os investimentos para a tal decoração das principais ruas comerciais para esse ano seria relativamente pequeno, já que seriam utilizados os mesmos enfeites usados no ano passado e estaria faltando apenas o fornecimento de mão de obra para fazer a instalação, e, até mesmo isso está difícil.
E olha que o comércio começará a abrir no período noturno a partir do dia 06 de dezembro, portanto daqui a praticamente uma semana...
É lógico que a decoração natalina não seria A solução. Precisamos urgentemente de uma iniciativa agressiva no que diz respeito ao urbanismo em geral, com investimentos maciços nas suas várias vertentes, o que, obviamente incentivaria ainda mais o investimento privado, a abertura de novos empregos e o fortalecimento da economia de modo geral. Assis não tem uma cara, uma marca, urbanisticamente falando. Não temos um calçadão, não temos em nossas ruas principais um atrativo,algo que trouxesse aquele “algo mais” para quem caminha pelo centro ao fazer compras.
Precisamos de divulgar a cidade e produzir atrativos para que mais pessoas venham até aqui para comprar, passear e, conseqüentemente, trazer mais divisas para o Município. Ações simples, mas eficazes. Ou vamos continuar reclamando da perda de consumidores para Londrina, Marília, Prudente...eternamente. É isso aí.
O texto acima é a transcrição da coluna Opinião e Reflexão, vai ao ar  às sextas-feiras, durante o programa Rotativa Sonora da Rádio Difusora de Assis AM 1140 Khz (veja link ao lado). Para ouvir agora click no player abaixo:

PRONTO PARA ESTREAR

Vai ser na sexta feira próxima (03/12), a estréia do Assis Basket no NBB#3 em Assis. E dentro dos cenários possíveis, essa estréia no Jairão, tem tudo para ser um momento de virada e, porque não dizer, de retomada no basquete que conquistou essa multidão de fanáticos torcedores. Com todos jogadores aptos para jogar, enfrentaremos uma verdadeira pedreira: o Flamengo, atual vice campeão do NBB e Vice Campeão da Liga Sulamericana de Basquete 2010 (enquanto escrevia o jogo acabou com o título para o Brasília), portanto, uma derrota não está descartada. Mas servirá para sentirmos a vibração do time e termos certeza que o Projeto está nos trilhos.

INACEITÁVEL


Recebi, um email com um misto de manifesto e desabafo, enviado pela Profa. Beth Nicolau, a Beth do Clybas, que trata de um assunto simplesmente odioso, que vem pululando nas notícias originadas em várias partes do Brasil. A agressão a professores. Qualquer agressão é odiosa. Mas quando a notícia à agressão de nossos mestres se torna uma coisa quase rotineira, temos que acender o sinal de alerta. Acabou o respeito e isso é muito perigoso. E nada mais é do que uma longa trajetória de aviltamento da profissão, que, bola cantada, somente poderia desaguar nesses crimes. Temos muito a remar. E tenho certeza que, retomada a aura de 
outrora dos professores, precisaremos de muito menos BOPEs.Clique AQUI e leia a íntegra do manifesto.

É PAU, É PEDRA...

Bastou a primeira chuva de “verão”, apesar de ainda estarmos na primavera, para o costumeiro caos se restabelecer na chamada “Baixada da Prefeitura” e em outros pontos da cidade. Água a mais de um metro, carros e motos arrastados, ruas intransitáveis. Tudo exatamente como vem ocorrendo a um bom tempo. Vale lembrar que até agora tivemos as “águas de novembro abrindo o verão...”.   E a pergunta que não quer calar é: e as tais obras do PAC, que até agora consumiram milhões de reais, não adiantaram nada?

domingo, 21 de novembro de 2010

CINEMA MUDO


Consta do folclore político local, que um determinado candidato a prefeito, ao ser questionado sobre quais seriam suas propostas para a cultura, teria respondido: “juntar com a Difusora e fazer uma ‘radiona’ só!”. Piadas a parte, a opinião expressada demonstra, de modo geral, o tradicional pensamento político nos assuntos ligados à cultura.
A cultura nas administrações municipais, com raras exceções, foi sempre relegada a um terceiro ou quarto plano, leia-se, um apêndice, muitas vezes encarado como um setor que apenas gasta dinheiro.
O que me traz ao tema é a informação corrente de que a Fundação Assisense de Cultura, a FAC, órgão responsável pela gestão da política cultural no município irá “devolver” R$ 200.000,00 ao caixa central da Prefeitura, dinheiro esse que teria sido economizado do orçamento durante o ano de 2010. Não sei se o fato vai realmente se concretizar, até porque ainda temos quase 45 dias para o fim do ano. E seria até louvável, após nos acostumarmos a ouvir notícias de todo o Brasil, do péssimo tratamento que o dinheiro público recebe de seus gestores.         
Na minha opinião, o dinheiro público, como qualquer dinheiro aliás, não é capim e, portanto, não deve ser desperdiçado.
Mas também não é como o meu, o seu ou o dinheiro da sua empresa, que recomenda-se seja poupado para o futuro. O dinheiro público destacado no orçamento anual, deve ser bem gasto, gasto corretamente, mas deve ser gasto.
Até porque, o que temos em termos de investimentos na área cultural, senão a manutenção cosmética de alguns dos prédios públicos sob os cuidados da FAC? Um dos museus tidos como referência nacional em termos da arte primitivista, o MAPA, Museu de Arte Primitiva de Assis, se não está fechado de fato, o está praticamente. O Museu Histórico de Assis, a “Casa de Taipa”, está fechado há mais de 5 anos, e, apesar de ter passado por uma reforma considerável é utilizado uma única vez por ano, com a Festa do Folclore, iniciativa aliás que deveria ser talvez até ampliada.
Sem falar no cinema municipal, que deveria ser encarado como uma verdadeira jóia da coroa, face a brutal extinção que este tipo de diversão e arte tem experimentado no mundo todo e cuja resistência, aqui é motivo de orgulho para os assisenses. E que apesar dos esforços isolados de seus entusiastas apresenta deficiências relativamente  simples de serem sanadas, como a qualidade do som e que, entra ano e sai ano não temos uma solução mais, digamos, definitiva. O problema é minimizado com os filmes estrangeiros, porque aguçamos nossa visão para ler as legendas e deixamos a audição em segundo plano. Mas dentro de alguns dias está prevista a estréia de Tropa de Elite 2, aclamado como um dos principais filmes nacionais de todos os tempos, e daí? 
Esticar as verbas orçamentárias tem sido um malabarismo comum para aqueles gestores públicos submetidos ao “cobertor curto”. Mas se com esses pequenos exemplos de necessidades e ainda assim “sobrar” dinheiro, não é cultura que está faltando, é senso de priorização. É isso aí.
O texto acima é a transcrição da coluna Opinião e Reflexão, vai ao ar  às sextas-feiras, durante o programa Rotativa Sonora da Rádio Difusora de Assis AM 1140 Khz (veja link ao lado). Para ouvir agora click no player abaixo:

BATE BOLA

O comentário PRIVILÉGIO postado em 07/11 motivou um bom debate entre os leitores. É isso que espero para esse espaço. Clique AQUI e veja.

OMO TOTAL


A chamada Lei da Ficha Limpa tem tirado o sono de muita gente. Muitos que sempre reclamaram da morosidade da Justiça, agora começam a rezar para que ela demore para apreciar ações em andamento em Segunda Instância. Outros, já julgados em pelo Tribunal de Justiça, já estão perdendo as esperanças de reversão em menos de 2 anos. Em virtude dela, podem ocorrer mudanças consideráveis no cenário político eleitoral para 2012.