Yessss! Chegou
o Dia do Trabalho. Desculpem-me a piadinha gasta, mas vamos lá ficar à toa.
Pelo menos nesse bissexto 2012, teremos no Primeiro de Maio, mais um daqueles feriadões
que o brasileiro tanto gosta.
E não é só aqui não, o dia do trabalho é tido
como um dos maiores feriados do mundo, já que, por não ter qualquer viés
religioso, praticamente todo mundo o tem, variando apenas, aqui e ali, na data.
E não sei se todo mundo sabe, passou a ser comemorado depois que alguns
trabalhadores que organizaram uma manifestação pela redução da carga horária
foram presos e executados em Chicago, ainda no século 19.
A partir de então, o dia do trabalho ou do
trabalhador, como queiram, passou a ser um dia marcado tanto por manifestações
dos movimentos trabalhistas e sindicatos, como dia de luta e reinvindicações e
pelos governos como uma ótima data para uma demagogiazinha.
E agora, pelo jeito, no Brasil só sobrou o
feriadão mesmo. Não que os salários e condições de trabalho tenham magicamente
atingido um status de perfeição. A coisa melhorou bastante, mas ainda não dá
para falar que não temos mais problemas nessa área. É que, na maior “república
sindical” do planeta, quase todos os “cumpanhero” protagonistas das gigantescas
manifestações dos primeiros de maio de tempos atrás, estão agora nos governos
federal, estaduais ou municipais.
A quem atacar agora? Aqueles que empunhavam os
megafones, com suas vozes rascantes e dificultosos plurais, agora frequentam o “gran monde”, como diria Cazuza. E como
aprenderam rápido, não? Uma coisa é certa: aqueles discursos proféticos de
outrora de que tudo ia melhorar, realmente se concretizaram. Pelo menos para
aqueles então discursantes que hoje recebem até 15º. salário e usufruem das
benesses do poder. Sobrou o feriadão. Vamos usufruir. É isso aí.