domingo, 24 de abril de 2011

SANTA SEMANA

Quinta feira, 21 de abril, feriadão. Sem ter o que fazer acesso meu twiter para ver o que esta rolando e logo de cara vejo essa twitada do meu amigo Beto (@rlima_beto): “Bom dia! E hoje tem inicio o feriadão em q a gente comemora um enforcamento c esquartejamento e uma crucificação precedida d chibatadas!” (linguagem original de tuiteiro). Puts. E não é que é verdade! Desde o começo do ano a gente já fica esperando pelo feriadão da Semana Santa, mas quem parou para pensar sobre o porque da data? Não, eu também não tinha me tocado do significado. Somente ao ler o microblog é que fui parar para refletir.

O que se viu mais uma vez, foram congestionamentos fabulosos, não só nas rodovias (principalmente as que levam ao litoral), como das lojas e supermercados e seus produtos ‘de época”. Tudo isso reflexo de um bom momento econômico, onde fica claro que, para o grosso da população, o importante é consumir. Há algum tempo se comenta sobre a mobilidade das classes mais baixas para os patamares mais elevados e por conseqüência o acesso ao consumo. Que o digam os preços do álcool, da carne e outros itens que têm como um dos fatores determinantes para a fixação de seus preços exatamente no consumo. É a lei da oferta e da procura.

Tudo isso é muito bom e sinal de uma estabilidade na política econômica e institucional sem precedentes na história recente.

O que chama atenção, no entanto, é exatamente essa sensação de que as pessoas têm dado uma atenção excessiva ao consumo. As pessoas têm valorizado muito mais o “ter” do que o “ser”, deixando de lado algumas emoções digamos, mais humanas.

Seria muito melhor estar consciente das verdadeiras razões de um simples feriado e não precisar ser lembrado do fato pelas moderníssimas, cada vez mais presentes e indispensáveis, traquitanas de comunicação. Mas... você quer voltar ao telégrafo e ao carro de boi? Eu não. É isso...

IMAGENS

Para quem gosta de imagens, especialmente de fotografias, tem sido muito comentado o trabalho da fotógrafa novaiorquina Jamie Beck, que monta gifs, aquelas figuras e imagens que se movimentam, já comuns na internet, mas com uma qualidade impressionante. Vi no Chongas e mais algum lugar que acabei não marcando. Se quiser, acesse diretamente no blog fromme-toyou.tumblr.com.

CUMPRINDO TABELA

Semana curta, sem novidades e com esse blogueiro com uma preguiça colossal, com o freio de mão puxado. Semana que vem, prometo, um pouco mais de gás.

domingo, 17 de abril de 2011

INCORRETOS POLÍTICOS

Borracha, Recorreco, Bolão, Azeitona e Marreco; Magrão, Chico Peba e Tião da Cida; Zoreia, Tonho e Azulão. Você deve estar pensando que raios são esses nomes e palavras estranhas. Mas até meados dos anos 70, começo dos 80, qualquer um que lesse ou ouvisse a relação acima, saberia, na hora, que se tratava de uma escalação de um time de futebol. Provavelmente formado por amigos, colegas de escola.

Hoje em dia seria praticamente impossível ouvir uma relação de nomes como essa, ao menos publicamente. Isso agora tem um nome e um nome “chic”. É bulling. Pois é. Na onda do politicamente correto e da importação de conceitos, criou-se já de algum tempo para cá, mais essa. Segundo consta bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.

Se espalhou e agora serve para justificar um sem número de problemas de pessoas adultas, de modo que, vira e mexe, nos defrontamos com uma lista de celebridades que foram vítimas do bulling.

Opa, alto lá! Se você acha que eu sou a FAVOR dessa prática, pode ir parando por aí. Não se trata disso, vamos deixar claro. O que eu sou contra é a generalização e a histeria que os defensores do “politicamente correto” têm adotado. Existem códigos de conduta para tudo. Até uma cartilha sobre o assunto o governo federal chegou a adotar, sabiamente tirada do ar com rapidez.

Mas, se não se pode se referir a uma pessoa por um apelido que faça referencia à sua estatura, peso, raça ou opção sexual, o mesmo não podemos dizer de outras posturas, tão nobres e tão esquecidas ultimamente.

Lealdade é uma palavra e um conceito que está quase caindo no esquecimento de muitos. Da mesma forma que o reconhecimento, a gratidão, A AMIZADE. Confiança, então, deve ser banida dos dicionários, tão rápido quanto à honradez, que tenho lá minhas dúvidas se ainda é grafada nos glossários. Todas elas têm sido trocadas por uma dessas novidades, como “governabilidade” e “sustentação política”.  Principalmente pelos incorretos políticos. É isso...

MEMÓRIA

Depois de esvaziar as atribuições da Secretaria de Governo e Administração, o Prefeito de Assis, nomeou o presidente do Diretório Municipal do PT e professor de capoeira da FAC, Marcio de Oliveira para o cargo. O interessante é que não se deu nem ao trabalho de comunicar o ocupante anterior, o advogado Eduardo Homse, presidente do Democratas, partido pelo qual o alcaide foi eleito e ao qual ainda se mantém filiado, que ficou sabendo pelos jornais. Para quem não sabe, Homse foi um dos maiores responsáveis pelo ingresso de Ézio na política e um dos articuladores das duas campanhas vitoriosas para a prefeitura. Quanto aos critérios... bom, melhor deixar pra lá.

ESQUECERAM?

O Vereador Kiko Binato requisitou à Comissão Municipal de Licitações uma cópia integral do processo licitatório do prédio que está sendo construído para abrigar a AME, no Jardim Paraná. Funcionários do órgão queriam cobrar pelas mesmas. Após serem lembrados das atribuições fiscalizatórias dos membros do legislativo capitularam e entregaram as mais de 3000 paginas do processo. Sem cobrar.  

DOIS PESOS

Corre que um funcionário do município, ex candidato a vereador pelo DEM, que atuava na área da habitação foi sumariamente demitido na última sexta-feira (15/04). Consta que o motivo teria sido a reclamação de uma contribuinte. Enquanto isso, rolam na Delegacia Seccional e na Justiça, um inquérito policial e uma Ação Civil Pública, para apurar uma denúncia de extorsão. E até agora, administrativamente, ninguém foi sequer questionado. Que coisa heim?

domingo, 10 de abril de 2011

TEMPO


O que é que mais te falta hoje? Já parou para pensar sobre isso? Cada um responderia essa pergunta de uma maneira. Muitos, de cara, responderiam que falta dinheiro. Outros tantos podem dizer que falta amor. Vários diriam que o que falta mesmo é saúde e por aí vai.

Mas eu estou falando de algo que foi feito para gastar e é impossível de guardar. E que cada um, quando questionado sobre o que lhe estaria faltando é capaz de elencar uma lista de coisas e se esquecer desse item sempre tão precioso e a cada dia mais escasso. O TEMPO.

Isso mesmo. Pode observar. A cada dia que passa nos falta mais e mais tempo. Tempo para tudo. Para qualquer coisa. E aí, se fizermos uma análise fria, responderíamos todas as perguntas feitas no começo. Se tivéssemos mais tempo, poderíamos ganhar mais dinheiro. Conquistar um novo amor. Recuperar a saúde. Seria tudo muito simples se pudéssemos controlar o tempo.

Quantas pessoas teriam se salvado na última tragédia do Japão, se tivessem tido mais alguns minutos? Tempo. Sempre o tempo.

O tempo, que em um passado não tão distante era medido apenas em dia e noite, hoje é cronometrado em nanosegundos. E a tecnologia que nos permite estar em vários lugares ao mesmo tempo, fazer várias coisas simultaneamente, é a principal responsável de tudo isso.   

E o tempo é também o grande responsável pelas grandes mudanças nas pessoas. O tempo que é capaz de curar rancores, que tem o poder de minimizar sofrimentos.

O tempo, para alguns, também é capaz de fazer esquecer. Esquecer o que lhe foi feito de bom, apagar as lutas em comum, as idéias construídas em conjunto. Simples como apertar um interruptor. Mas isso tem nome: se chama INGRATIDÃO. É isso...

VISITAS

Além do caótico fluxo aproximadamente 400 pessoas que passam por lá diariamente - resultado do fechamento ou do mal funcionamento das demais unidades de saúde -  a Unidade Referencial da Vila Marisabel, recebeu durante a semana que se encerrou duas visitas ilustres. Primeiro uma equipe do Ministério da Saúde, para checar se os equipamentos que foram adquiridos com recursos federais para aquela unidade estavam todos lá realmente. No dia seguinte foi a vez do Ministério Público visitar a unidade para constatar as péssimas instalações físicas, que, é bom lembrar, foram inauguradas em 2009. Em ambos os casos, não gostaram do que viram.

B.O.

E o Pronto Socorro Municipal voltou a ser caso de polícia, com direito até a manifestação pública durante a sessão da Câmara de Vereadores, no último dia 04/04. Com a demanda por atendimento crescente em decorrência, principalmente do fechamento da Unidade Referencial do Jardim Paraná e o baixo número de médicos no PS, as previsões são sinistras. 

BOLA FORA

Nem começou e o time do Assisense, que pretende disputar a segunda divisão do campeonato paulista de futebol, já sofreu uma derrota expressiva. A comissão técnica e praticamente todo o elenco, apresentados no dia 06/04, se desentenderam com a diretoria e foram embora. Organização e apoio urgente, ou ficaremos mais um ano sem futebol. Mais detalhes no Blog do Nestário.