domingo, 30 de janeiro de 2011

CARROS

Segunda feira, 7h36. Saio de casa para ir à padaria. Ao acessar a Avenida Rui Barbosa, me chama a atenção o volume de carros, tanto pela quantidade quanto pelo horário. É apenas mais uma constatação.
 
É de conhecimento geral que Assis é uma cidade que já há um bom tempo tem um percentual população/veículos bem acima da média geral. Fui então levantar os números. E o que dá pra perceber, digamos, a “olho nu”, fica comprovado nas estatísticas.

Temos aqui na terrinha hoje, devidamente registrados 67911, isso nos dá a impressionante média de 1,4 habitantes por veículo! É isso mesmo. Nossa frota consegue transportar com total conforto, TODOS os habitantes se for necessário. Some-se aos quase 68 mil veículos, mais aproximadamente 10% de frota flutuante, ou seja, carros de outros municípios, veículos com placa do Paraná, todos que circulam por aqui sem ter placa de Assis. É muito carro, moto, caminhão... Só para se ter uma idéia, a proporção de habitantes/ veículos em Bauru é de 2,1 de Prudente é de 2,2 e de Marília 2,4. São índices altos mas mesmo assim temos quase o dobro dessa proporção.

Não tenho dados exatos para dizer desde quando Assis possui uma relação população/frota tão alta, mas sei que sempre ouvi a respeito.

Agora, se você é pedestre ou motorista acho que já chegou à mesma conclusão que eu. Com todo esse volume de trafego, não temos qualquer política de trânsito em nosso Município. Ressalvando as iniciativas pontuais e corretas do Departamento Municipal de Trânsito, que faz o que pode com os escassos recursos, humanos e financeiros, enfrentando toda sorte de barreiras (público/políticas/administrativas) não temos nada. Não temos um setor de engenharia de tráfego, de planejamento viário, nada. Tudo é feito a olho.

Basta ver algumas das nossas principais avenidas: a Walter Fontana, hoje uma das principais entradas da cidade, começa bonita, larga, com canteiro central e em seus últimos quarteirões, pouco antes da ligação com a Rui Barbosa, sofre um estreitamento inexplicável. A Paschoal Santilli, que também serve de entrada da cidade, sofre da mesma deficiência, uma quadra antes da Don Antonio, torna-se uma rua simples de mão dupla. A Otto Ribeiro (Perimetral) uma via de integração centro bairro, transforma também numa rua comum ao chegar a Vila Ribeiro. Verdadeiras artérias próximas a um enfarte.

Não dá para falar que faltou recurso. Só no ano de 2010 o Estado repassou ao Município, a título da arrecadação do IPVA, R$ 9.713.902,59. A arrecadação com multas ficou próxima de R$ 1.000.000,00. 


E aí eu torno a perguntar: quanto foi gasto com a educação para o trânsito? Pois é. Dá uma volta pela cidade que você vai constatar... É isso aí.  

PULANDO PRA DENTRO

Com apoio irrestrito do Prefeito, foi eleito para o cargo de Presidente do Conselho da Fundação Educacional do Município de Assis, o petista Hélio Paiva Matos. Com isso, após muito ensaiar, o PT finalmente embarcou, agora oficialmente, na Administração Municipal de Assis. Que hora heim?

BRAZIL, ZIL, ZIL !

Se você é daqueles que vibrou com a escolha do Brasil como sede da Copa 2014 e da Olimpíadas 2016, assista ao vídeo abaixo, do Prof. Ronaldo Pacheco, da Universidade Católica de Brasília.Vale a pena.

NAS ESTRELAS

Para quem assistiu e se encantou com o Jogo das Estrelas do NBB, transmitido ao vivo nesse sábado (29/01) pela Rede Globo, nunca é demais lembrar: o Assis Basket, teve e tem atuação destacada junto a Liga Nacional de Basquete e participou diretamente da sua criação.

domingo, 23 de janeiro de 2011

REDES SOCIAIS


Não tem mais jeito. Estamos indissociavelmente ligados. Conectados ao mundo 24 horas por dia. A situação chegou a um ponto que nos pegamos intimamente considerando que o e-mail já é uma coisa tão antiga que tivemos desde sempre.

E dá lhe SMS, Twitter, Facebook. E Orkut, MSN, Skype e que tais.

E agora, para completar tudo isso, a garotada se vê as voltas com o SiSU, o Sistema de Seleção Integrada do MEC, que transfere os resultados do ENEM para as faculdades que o utilizam para selecionar seus novos estudantes.

Numa era em que o Big Brother Brasil é aguardado como um evento de relevância e recebe um espaço de mídia completamente desproporcional à sua absoluta falta de propósito, acordamos e constatamos que o bom e velho vestibular que as pessoas que, como eu,  com quarenta e muitos, conhecíamos , está simplesmente desaparecendo.

E o que é o tal SiSU se não uma dessas redes sociais, já que o candidato vai escolhendo as instituições de ensino como escolhe suas comunidades virtuais e verificando se sua nota é suficiente para ingressar ali. Não sendo, pula para outra e vai aguardando o resultado.

Mas (tinha que ter um “mas” não é?) o negócio, para variar apresentou uma série de problemas e passamos a semana com  a chuva de informações de que a data seria prorrogada, liminares suspenderiam e depois devolveriam os resultados e, como já ficou normal, o MEC se perdendo nas suas justificativas. Até o Ministro teve que deixar suas sagradas férias para encarar e justificar a nova rodada de lambanças de sua pasta.

E aí, quando você pergunta para um dos vestibulandos (será que o termo ainda está vigente) o que ele acha, ele responde com a maior tranqüilidade: “é, tá dando pau, mas é assim mesmo”.  E o que fazer quando “dá pau”? A resposta tão tranqüilizadora quanto singela é: “é só dar um reset”. Se você não estiver familiarizado com o informatiquês, isso quer dizer que basta ligar e desligar, começando do zero.

Que bom. Será que dá para dar um reset no MEC? É isso aí...

NADA DE NOVO NO FRONT?


Janeirão de muita chuva, com a Câmara de Vereadores em recesso, a política Assisense vive compasso de espera. Os bastidores estão razoavelmente agitados, o que não é nenhuma novidade, mas as coisas caminham para algumas definições. E definições importantíssimas que serão informadas em primeira mão aqui. Por enquanto só posso dizer que o DEMOCRATAS deve ter mudanças!

VALOR

Durante o ano de 2009 e parte de 2010, muito se discutiu a respeito da renovação do contrato entre a SABESP e o Município de Assis, sem nenhuma conclusão. A vizinha Tarumã, foi mais radical e retomou o serviço de saneamento, afastando a estatal. Agora decisão da Justiça determinou a reintegração da SABESP, que segundo consta, já retomou as atividades lá. Agora a pergunta óbvia: se a Justiça tem garantido a manutenção da SABESP, como fica a questão dos valores que vinham sendo negociados?

domingo, 16 de janeiro de 2011

REALITY


Ao consultar as manchetes dos principais jornais do país, da quinta feira (13/01) o que encontro: O Globo – tragédia e descaso; Folha: Estado do Rio enfrenta a pior chuva em mais de 4 décadas;  Estadão: Chuvas causam maior tragédia natural do Brasil em 44 anos; Correio Braziliense: Tragédia e omissão; Estado de Minas: Temporais matam mais de 270 no Rio; Jornal do Commércio: Catástrofe no Rio; Zero Hora: Vidas soterradas. Durante o dia os números de vítimas são sinistramente atualizados a maior.

Acompanhamos, estarrecidos, o desenrolar de uma tragédia. E o que é pior: MAIS UMA VEZ acompanhamos estarrecidos.

Não é novidade para ninguém que os meses de dezembro, janeiro e até fevereiro, o auge do verão no Brasil, são os meses das chuvas. Esse período aliás é até conhecido como “estação das águas”. Portanto, não estamos falando de cataclismas como foi o tsunami que vitimou a Indonésia em 2004, ou o terremoto ocorrido a exatamente um ano no Haiti. Esses fenômenos, apesar da evolução científica, ainda são imprevisíveis. Mas as chuvas torrenciais do verão brasileiro não são.

As imagens do Morro do Bumba e de Angra ainda estão nas nossas retinas e lá vamos nós de novo, de encontro com a realidade nua e crua. O enredo desse filme de terror já é conhecido: população quase sempre carente, residente nas encostas e beiras de rios perde seus pertences, seus entes queridos, seus sonhos.

Povoam as telas os especialistas que (agora) alertam que era tragédia anunciada. E o que não vi nenhum comentarista fazer é: porque as autoridades constituídas não fizeram nada durante esse ano? Porque aqueles imóveis estão naquela área de risco, pagando IPTU, sendo atendidos pelos serviços públicos mais comuns, como água encanada, energia elétrica e coleta de esgoto, se estão em uma área de risco?

Enquanto um administrador – Prefeito, Secretário, Governador - não for punido criminalmente, responsabilizado por sua omissão, continuaremos a ver durante todo verão cenas como a que estamos assistindo agora. Um reality show macabro. 
    
O texto acima é a transcrição da coluna Opinião e Reflexão do dia 1401, que vai ao ar  às sextas-feiras, durante o programa Rotativa Sonora da Rádio Difusora de Assis AM 1140 Khz (veja link ao lado).

IDENTIFICAÇÃO


Quando te perguntam onde trabalha o Bispo, o que você responde? No Bispado, correto? E o Padre ou o Pastor? Na Igreja ou no Templo, certo? O Delegado? Na Delegacia. E o Prefeito? Na Prefeitura? Se for em Assis, não. O único lugar em que você não encontra o Prefeito é na Prefeitura. Vai entender...