Bom, eu confesso que tentei. Apesar de ter feito algumas pequenas menções em postagens anteriores, eu tinha prometido à mim mesmo que não abordaria a questão do trânsito na cidade de Assis. Sem tirar a importância do assunto mas cheguei a pensar que essa discussão já estava caindo no lugar-comum.
Até porque, reconheço que a cidade cresceu sem qualquer tipo de planejamento, que temos aqui elementos que complicam bastante a fluência do tráfego, tais como a estrada de ferro e o fato das principais avenidas e ruas de movimento terem sido criadas paralelamente a ela. Ou que falta um sistema de transporte público que realmente atenda às necessidades. E algumas outras tantas razões que por aí vão.
Mas não teve jeito. Não agüentei. Basta tentar sair da região do Jardim Europa/V.Adileta para se dirigir à Vila Glória / Santa Cecília, para fazer qualquer um perder a paciência.
Isso porque, apesar de necessária, a implantação de um sistema viário com ruas em sentido único deve observar minimamente uma lógica, um senso de direção, que conduza o motorista, não como o que está acontecendo com as recentes mudanças, que o encaminham a uma sensação labiríntica.
E aí voltamos a um problema que se instalou na atual administração e que tem se transformado em uma preocupação crônica: falta de planejamento. Basta ver a quantidade de Projetos de Lei enviados à Câmara para alterar o orçamento do município, assim como o Plano Plurianual e as diretrizes orçamentárias para entender o que eu estou falando.
Falta um órgão planejador. Com pessoas competentes que tenham formação e conhecimento dos problemas da cidade para resolvê-los. Que tenham sensibilidade para detectá-los. Que tenham, principalmente, vontade de encontrá-los.
Qualquer iniciativa que seja feita sem esse tipo de cuidado estará sempre arriscada a sofrer o desgaste e ser brindada com o impacto negativo que essas mudanças têm provocado. Ficar batendo cabeça é uma tentativa de reinventar a roda. Ou a rotatória. É isso.