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Não
dá para negar que tenha ficado bom. Algumas coisas são de uma concretude
indiscutível. E se teve um tema que ocupou essas mal traçadas aqui, foi o
sistema de trânsito da cidade de Assis. E aí entra geral, não só as mudanças
atabalhoadas, mas a falta de comunicação e marchas e contramarchas, o
fala-desfala que pudemos presenciar, a comprovada falta de planejamento e mais
uma lista de detalhes que ocupariam muito espaço e simplesmente encheriam o
saco.
Estou falando da “nova cara” de nossa avenida
central, que, do dia para a noite ganhou uma nova capa asfáltica, mão única de
direção, pinturas demarcatórias e parece finalmente inserida no século 21 com
seu impávido e brilhante radar para o “controle eletrônico de velocidade”.
Fantástico não é? Não. Não é.
Considerando os valores arrecadados como IPVA
e com as multas de trânsito, que devem ser aplicados exatamente na melhoria do
sistema viário, o que foi feito não foi mais do que a obrigação do
administrador. É o básico.
Mas não tenha dúvida, ó incauto (e)leitor,
que você vai ser bombardeado nos próximos dias, com todo tipo de publicidade destacando
essas obras, como as joias da coroa para mostrar uma administração “que faz”.
Nada mais batido, na combalida política brasileira. Indiscutivelmente o slogam
mais surrado do cenário político: “esse faz”. “Faz” o que?
Alguém consegue relacionar um projeto educacional
em desenvolvimento? Projeto mesmo, e não construção de elefantes brancos
caríssimos, para abrigar um almoxarifado que não recebe, nem vai receber jamais
uma única criança. Mas aparece. Mas consome dinheiro.
Dá para relacionar quais foram as medidas
administrativas visando adotar as melhores práticas visando a transparência da
administração? Gastar dinheiro com a imprensa não é dar transparência à coisa
pública. Mas isso é outra estória. Publicar edital de compra de caminhão é
fácil, quero ver deixar claro e principalmente fácil para que qualquer um saiba
exatamente o que entra de dinheiro, como entra, porque entra e, aí sim, como
sai e para onde sai esse dinheiro.
E será que existe um programa de incentivo à
geração de renda e emprego, de desenvolvimento sustentável, ou a única forma de
emprego é a contratação de comissionados apaniguados, para nada fazer?
Pois é. A prática de “enfeitar a noiva” infelizmente
ainda persiste. Mas não sei se todo mundo engole essa embromação. Cada dia que
passa os métodos de divulgação e debate estão mais democráticos e a informação depende
menos da imprensa oficial. E não serão uns asfaltinhos que vão tapar o sol com
a peneira. É isso aí.