sábado, 17 de outubro de 2009

NÚMEROS


Apesar da importância do acontecimento, a população de Assis tem, muito pouco ou quase nada participado ou acompanhado as discussões sobre a renovação do contrato da Sabesp, que vence agora em 2010. Os únicos sinais visíveis de tal preocupação são a audiência pública que ocorrerá no próximo dia 21/10, na Câmara Municipal e a intensa campanha publicitária que essa concessionária tem feito em toda a mídia local. Salta aos olhos o empenho em colocar-se para a população, dada a qualidade e a quantidade de tal publicidade. Não se trata aqui de abordar a questão da qualidade da prestação de serviços por parte da Sabesp, que, considerando-se a condição geral do saneamento básico no Brasil, está muito acima da média. Ainda que não precise ser um especialista para verificar que não temos 100% de esgoto tratado (você já desceu o Córrego Fortuna, abaixo da Estação de Tratamento de Esgotos?), acredito que a qualidade é satisfatória. Mas existe outro aspecto que precisa ser abordado e até agora não se ouviu nada a respeito. Vamos falar de números. A Sabesp arrecadou nesse mês de setembro/09 na cidade de Assis, algo em torno de R$ 2.850.000,00. Considerando esse valor, temos que em um ano a arrecadação projetada seja de R$ 34.200.000,00. Levando-se em conta que a ‘renovação’ que está sendo discutida será por 30 anos e projetando um crescimento vegetativo de 1% ao ano - o mínimo que se pode esperar – chegamos ao valor, em dinheiro de hoje, de R$ 1.189.643.290,44. Guarde esse número porque poucas vezes você vai ouvir falar em negócios desse porte. Isso mesmo quase um bilhão e duzentos milhões de reais. Questiona-se: qual será a contrapartida? Os números que estão sendo cogitados, em obras de infra estrutura, ficam abaixo de 2% desse valor. E não nos esqueçamos que, ainda que tenham sido feitos investimentos na rede de saneamento do município, nada foi pago pela concessão em 1980. Portanto, é preciso muita cautela para assumir qualquer posição – favorável ou contrária – à renovação, mas é fundamental que os valores envolvidos sejam expostos de forma clara e sejam considerados quando das discussões públicas que estão só começando. É isso aí...

CENAS URBANAS

O guitarrista dos Titãs, Tony Belloto se lembrou de Assis mais uma vez em sua coluna eletrônica para a veja.com. A cidade onde passou a infância e parte da juventude, aliás, é tema recorrente de suas crônicas. Vale uma clicada.
http://veja.abril.com.br/blog/cenas-urbanas/viagem/trens/

MUDANÇAS

Assim como o tempo, a política produz mudanças bruscas e inesperadas. Às vezes provocam apenas um chuvisco. Às vezes provocam verdadeiros tornados. Tem trovoada no horizonte.

domingo, 4 de outubro de 2009

ESTRATÉGIA

Algumas manobras estão sendo identificadas visando neutralizar os efeitos da legislação eleitoral, que determina que o mandato é do partido. Não deve funcionar.

FIEL?

Devem ocorrer mudanças na configuração partidária da Câmara de Assis. Resta saber como fica a questão da fidelidade partidária.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

BRASIL OLÍMPICO


Acabei de assistir o pronunciamento do presidente Lula, ao vivo de Copenhague, defendendo a candidatura do Rio de Janeiro à sede das olimpíadas de 2016. A demonstração de que esse nosso ‘patropi’ já está merecendo sediar um evento dessa magnitude, foi muito bem colocada. Apelou até para nossos ‘hermanos’ da América do Sul, vez que esse continente nunca teve a possibilidade de receber os jogos olímpicos. Nesse exato momento ainda não sei se a candidatura do Rio foi vitoriosa ou não. Como apaixonado por esportes, não posso negar que gostaria de ver os jogos acontecendo no Brasil. Mas os acontecimentos recentes deixam sempre aquela sensação... O que faz um país que não consegue realizar um mero exame para avaliação de seus estudantes do ensino médio ter a pretensão de organizar um evento desse porte? Assistimos passivamente o cancelamento do Enem, após as mais diversas desculpas e com uma certeza intrínseca de sua provável inviabilização futura, dada a dúvida que sempre irá pairar na cabeça dos jovens sobre a lisura do processo. Por mais que nos esforcemos, sempre haverá o  questionamento se as questões vazaram ou não... Por isso, o sentimento que nos assola nesses momentos é aquele de descrença, de que todo esse ufanismo é apressado, mal colocado, contraditório. Espero sinceramente que o Rio venha a sediar os Jogos. Que os efeitos positivos possam ajudar a melhora a imagem da Cidade Maravilhosa e do Brasil. Lembra da Rio Eco 92? Do Pan de 2006? Por falar nisso, alguém sabe das prestações de conta do Pan? Pois é...É isso aí...

domingo, 27 de setembro de 2009

OPÇÃO PELO ERRADO


Um assunto que dominou a mídia nas últimas semanas foi a “marmelada” que teria sido armada pela equipe Renault, de Fórmula 1, onde Nelsinho Piquet teria deliberadamente provocado um acidente para beneficiar seu companheiro de escuderia. O resultado, todo mundo sabe: penalização para a equipe, banimento de Flávio Briatore, tido como mentor de toda armação, etc.,etc.,etc... Ufanismos à parte, apesar de estar posando de vítima, Piquet Jr. teve participação decisiva no episódio. Se planejou ou não, se foi forçado e se estava pressionado para manter o emprego ou não, acaba ficando em um segundo plano. Certo é que ele fez o que, em tese, lhe foi solicitado. Poderia apenas não ter “topado” participar da encenação e, se viesse a sofrer retaliações, colocaria a boca no trombone, exatamente como fez quase um ano depois. O caso, apesar de ter sido tratado com toda a pompa e circunstância, recebendo um espaço considerável do noticiário, não vai trazer qualquer alteração na minha, na sua, e ouso dizer, bem provavelmente na vida dos envolvidos diretamente no episódio. Mas serve para ilustrar uma situação que, infelizmente, nos defrontamos cada vez com mais frequencia em nosso dia a dia. Falo da “opção pelo errado”, ou seja, quando a pessoa tem duas opções de fazer alguma coisa, uma pela maneira correta, ética e lícita e outra, pelo caminho – digamos - 'errado'. A característica fundamental é que a pessoa tenha plena ciência das opções. Pode-se dizer que seja uma atração do ser humano pela emoção, pela aventura, mas é, indiscutivelmente um desvio de conduta. Determinadas pessoas, mesmo cientes de que certas opções serão danosas, ainda assim insistem em segui-las. Quando isso ocorre no ambiente político então... Aí a coisa complica porque estão envolvidos invariavelmente recursos públicos e toda uma coletividade. Mas é nesse cenário que a cada dia nos defrontamos mais com esse evento. E o pior de tudo é que a constatação dos danos só são percebidas pelo sujeito, quando as consequências já se concretizaram. Diagnóstico? Só por psicanalista. Remédio? Bom, no caso de político, é só não errar de novo... É isso aí.

sábado, 26 de setembro de 2009

MALUQUINHO?



O informativo produzido pela Câmara Municipal de Assis, no site do legislativo, sobre a sessão do dia 21/10 traz uma informação no mínimo inusitada: que um dos Vereadores teria recebido um ofício do Secretário de Estado de Gestão Pública Sidnei ZIRALDO.
Será que a Gestão Pública do Estado está nas mãos do criador do Menino Maluquinho? 
Pra quem não sabe, o Secretário da Gestão Pública é Sidnei BERALDO.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

TELA QUENTE

As noites de segunda-feira voltaram a ter a "tela quente". E não é na Rede Globo. Menos mal. A modorra já estava insuportável.

sábado, 19 de setembro de 2009

FHC E THC

A entrevista da Páginas Amarelas da Veja dessa semana será com o ex Presidente Fernando Henrique Cardoso. Na entrevista FH aborda, mais uma vez um tema polêmico: a liberação da maconha. Esse assunto, que já lhe causou dores de cabeça equivalentes à ressaca de whisky nacional (ou de maconha importada), quando perdeu a Prefeitura de São Paulo para Jânio Quadros, dá nos aquela mesma sensação causada pelas declarações “sérias” de Pelé... dava para passar sem elas.
Apesar da admiração que tenho pelo ex presidente, não posso concordar com seu posicionamento. Não se trata aqui de discutir os malefícios e/ou benefícios(?) da canabis ou aspectos cientifico-biológico-sociais de sua utilização, até porque não estou habilitado para tanto, assim como FH. Trata-se antes de mais nada de uma abordagem deslocada no contexto tempo-espaço. Fato: o uso da maconha é ilegal. Se tal imputação foi equivocada, é outra estória. O certo é que o uso, o porte e a venda são considerados ilegais e ponto. Assim como dirigir com menos de 18 anos. Dirigir sem cinto de segurança. Fumar em locais públicos fechados. Assim, quando toda a sociedade está discutindo a questão da segurança e por consequência o cumprimento das leis, o uso da “tolerância zero”, tal abordagem é, no mínimo, fora de hora. Os anos de clandestinidade da maconha a inseriram no submundo do crime e é indiscutível que ela, assim como os modernos comprimidos de ecstasy são ao porta de entrada para as drogas chamadas 'pesadas'. Só por isso já seria argumento suficiente para sustentar a tese contrária à da descriminalização. O Brasil, tem ainda uma pauta enorme de problemas a serem superados antes de chegarmos nesse tema. Por isso, as pessoas que, como FH têm acesso à mídia e cujas declarações repercutem em todos os meios de comunicação, deveriam se ocupar com assuntos mais prementes. Como os desvios de recursos, de remédios, de concreto... É isso aí.

DÁ PARA CONFIAR?


Saiu no Radar on line (19/09) do Lauro Jardim:


O PT vai montar um ambicioso plano de arrecadação de fundos para a campanha de Dilma Rousseff, via internet e telefone, inspirado na bem-sucedida experiência de Barack Obama. Foi com esse objetivo que o partido assinou na semana passada um contrato com o marqueteiro americano Ben Self, justamente o responsável pela operação de arrecadação via internet de Obama. Internamente, o projeto é chamado Estrela Esperança, numa alusão ao Criança Esperança, da Globo. O objetivo declarado é obter mais dinheiro que a Globo com seu projeto para crianças carentes (na edição deste ano, a emissora recolheu 8,5 milhões de reais).”


Depois de tudo que foi visto, ouvido, impresso e postado nos últimos 7 anos , eu te pergunto: você confia?

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

XADREZ



Faltando  praticamente um ano para as eleições, o tabuleiro dos pré-pretendentes (será que existe isso?) a representante da região, anda movimentado. No entanto, todos aguardam os próximos movimentos da rainha (ou do rei!?!) para preparar as próximas jogadas. Ao contrário do que vocês pensam, esse jogo promete lances de pura emoção.  

ÁGUA


Água. É... a água tem sido um tema recorrente na cidade de Assis ultimamente. Além de termos atravessado um dos invernos mais chuvosos que se teve notícia, tem gente que, há muito pouco tempo não se lembrava do precioso líquido nem para beber, agora está se deslumbrando com o assunto. E a temperatura (do tema e não da água propriamente dita...) promete aumentar conforme 2010 vai chegando... É bom ficar de olho!!! 

domingo, 13 de setembro de 2009

MAIS 7343.

Um dos assuntos dignos de nota dessa semana é que foi aprovada, em primeiro turno no plenário da Câmara Federal, a Proposta de Emenda Constitucional n. 336/2009, que vem sendo chamada de Pec dos Vereadores. Com isso o Brasil passaria a contar com 59.791 vereadores contra os atuais 51.748. Ainda que o texto da emenda traga a previsão de que o aumento do número de cadeiras dos legislativos municipais deve estar acompanhado de uma redução no limite máximo de despesas, o foco de discussão deve ser outro. Infelizmente nossos legislativos, e aí me refiro a todos, sem exceção, federal, estaduais e municipais demonstram mais uma vez que estão apenas “correndo atrás do próprio rabo”, ou seja, perdem o precioso tempo e gastam uma quantia desproporcional de dinheiro público que sai duramente dos bolsos do contribuinte, cuidando apenas e tão somente de seus interesses próprios. Mas o fundo da discussão deve, obrigatoriamente ser a questão da QUALIDADE dos Poderes Legislativos. Se o aumento da quantidade de vereadores vier acompanhado de uma melhoria nos trabalhos legislativos, ótimo. Mas, infelizmente não é o que se tem visto por aí. Vejamos o caso de Assis, que não diverge dos demais municípios do estado de São Paulo ou do Brasil. Em 30 sessões, foram aprovadas e promulgadas 64 Leis Ordinárias e 4 Leis Complementares. Dessas simplesmente 50 foram de iniciativa do Poder Executivo, o que representa 74% do total! Os projetos aprovados, de iniciativa dos vereadores foram apenas 18 ou 26% do total! É menos de 1 lei aprovada por sessão. A quantidade de leis é verdade, não reflete grande coisa. Temos realmente um número exagerado de leis. O que é pior, é que dessas 18 Leis aprovadas, não existe sequer uma que possa ser considerada relevante, que tenha real influência na vida do cidadão assisense. Isso sem dizer que a quase totalidade foge à competência da câmara ou são flagrantemente inconstitucionais, mas que, ou por se demonstrarem absolutamente inócuas ou por pura passividade do Poder Executivo, não têm sua legitimidade questionada. E não dá para questionar a formação dos atuais edís. Pelo menos 9 dos atuais 10 vereadores têm pelo menos curso superior completo. Mas, ao que tudo indica, está faltando mesmo é um foco maior nas reais atribuições do cargo, uma consciência entre as fronteiras entre o legislativo e o executivo. Se o aumento de vereadores significar uma melhoria da qualidade dos legislativos municipais, pode ter valido a pena, mas... será???

VOLTA

Como dá para observar, o blog ficou dois meses exatos sem postagens. Realmente foi um período de amadurecimento, de questionamentos e principalmente para colocar as idéias 'em ordem'. E para ter a exata noção de que o tempo passa... e passa rápido!

domingo, 12 de julho de 2009


Um dia desses José Saramago declarou em uma entrevista ao jornal argentino "Clarin", que "A prática do blog levou muitas pessoas que antes pouco ou nada escreviam a escrever. Pena que muitas delas pensem que não vale a pena se preocupar com a qualidade do que se escreve". Ele mantem seu próprio blog, " O Caderno de Saramago", que vale uma olhada diária. Concordo com o que ele diz quanto a qualidade. Mas é indiscutível o benefício que o advento da internet e a disponibilização gratuita das idéias através dos blogs e outros meios trouxeram para a democratização em geral. Óbvio que Saramago não aborda esse aspecto e nem era esse o contexto da entrevista. Mas serve para ilustrar esse tema, pois somente através dessa tecnologia, você pode ter condições de acessar, instantaneamente, as idéias do que há de melhor na língua até os infinitos "Creysons" que pululam pela blogosfera. Até o Lula tem seu blog. Sarney também foi acusado, quando Presidente da República, de comprar mais um ano de mandato através da distribuição de concessões de rádio aos congressistas. Era evidente o valor que se dava a um canal de informações, com poder de atingir as massas. Somente aqueles que detinham o poder, político ou econômico, tinham acesso aos canais de distribuição da informação. É lógico que isso não mudou tanto assim, mas os acontecimentos recentes no Irã ou em Honduras só puderam ser acompanhados mundialmente e simultaneamente graças aos novos canais de distribuição de comunicação.Principalmente porque podemos acessar as diversas versões de um mesmo acontecimento, sem ficarmos presos na versão oficial. Sites, blogs, twitter, orkut, facebook, sms e aquelas coisas que foram inventadas hoje e que ainda nem sabemos que existem. Mas vamos ficar sabendo, passaremos a utiliza-las e dentro de muito pouco não saberemos mais viver sem elas. Com isso, como já vem ocorrendo, teremos acesso a todo universo de idéias e fatos, ainda que tenhamos que 'trombar' com muita 'porcaria' que é lançada por aí. Mas vale o sacrifício.

FAST FOOD, FAST INFORMATION


Quem levantou essa questão outro dia foi minha amiga Nilza, que, como sempre, está acompanhada de questões pertinentes. Saiu na Época da semana passada. A cultura do fast. Fast food, via expressa, informação instantânea. Consumo imediato. Acredito na democratização da informação, mas a discussão sobre esses novos hábitos deve ganhar corpo. Por mais que ressaltemos a importância do acesso à informação, da possibilidade de aquisição de produtos antes difíceis de encontrar, a agilidade que os novos meios proporcionam na tomada de decisões de todas as espécies, essa doença do imediatismo tem que ser combatida. “Vivemos o delírio do tempo. Tudo tem de ser veloz. O processo e a reflexão são sempre pouco importantes”, diz o filósofo Mário Sérgio Cortella, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Acho difícil que a nossa geração perca alguns hábitos, como ler jornais "no papel", assim como os livros, ouvir os "discos" inteiros, assistir filmes no cinema. Mas não garanto que a próxima geração ainda mantenha esses costumes. A cultura do "slow food" já é uma realidade. Alguns donos de restaurante italianos se uniram para barrar o avanço das redes de 'fast-food'. Surgia assim o slow food, um movimento para resgatar os prazeres da mesa que iam se perdendo com as refeições rápidas e industrializadas. A idéia deu origem a uma filosofia de desaceleração. Já é hora de começar a discutir uma cultura de "slow information". Sabe aquele livro que você lê deitado numa rede? Aquele jornal naquela poltrona? Esse hábito não pode ser esquecido, pode? É isso aí.

OS INSACIÁVEIS

Eliane Cantanhêde | Folha | 08/07/2009
Faça suas apostas. Depois que Lula humilhou o PT no Senado para ficar bem com o PMDB, tudo é possível. Inclusive a nomeação de um peemedebista para a Articulação e até mesmo o desempate pró-PMDB em Estados chaves, como Minas e Pará, onde PT e PMDB estão se matando. É Lula quem quer decretar qual dos dois morre e qual dos dois vive. Tudo, claro, pela candidatura Dilma, que nada mais é do que a manutenção do próprio Lula no poder.
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Eliane Cantanhêde é colunista da Folha, desde 1997, e comenta governos, política interna e externa, defesa, área social e comportamento. Foi colunista do Jornal do Brasil e do Estado de S. Paulo, além de diretora de redação das sucursais de O Globo, Gazeta Mercantil e da própria Folha em Brasília.

CURTO E GROSSO

Mickael Jackson e Sarney ainda dominam a mídia. Pelo menos o primeiro teve um enterro épico. E o do outro, quando vai ser?

PARA NÃO ESQUECER

O ANALFABETO POLÍTICO
Bertold Brecht

O pior analfabeto
É o analfabeto político,
Ele não ouve, não fala,
Nem participa dos acontecimentos políticos.

Ele não sabe que o custo da vida,
O preço do feijão, do peixe, da farinha,
Do aluguer, do sapato e do remédio
Dependem das decisões políticas.

O analfabeto político
É tão burro que se orgulha
E incha o peito dizendo
Que odeia a política.

Não sabe o imbecil que,
da sua ignorância política
Nasce a prostituta, o menor abandonado,
E o pior de todos os bandidos,
Que é o político vigarista,
Pilantra, corrupto e lacaio
Das empresas nacionais e multinacionais.

domingo, 5 de julho de 2009



Lily Allen | It's Not You, It's Me | 2009



Esse é o segundo CD dessa cantora inglesa que está se firmando no cenário Pop. E é isso mesmo, um pop bom de ouvir a qualquer ora. Não pode faltar no seu IPod. Click no play e ouça The Fear, a segunda faixa do disco.

terça-feira, 30 de junho de 2009

JOSÉ SARNEY TEM SALVAÇÃO

Vejam que interessante análise da situação política do Senado, produzido pela Arko Advice, agência que atua na área de análise política e cenários prospectivos. Em seu boletim "Política Brasileira" de hoje, chega a conclusão de que, se inexistirem novos fatores, Sarney, ainda que enfraquecido, se salva. Vamos ao texto:

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POLÍTICA BRASILEIRA
Agenda e análise política para a semana
Produzido por Murillo de Aragão, Cristiano Noronha, José Negreiros e Rômulo Osório

José Sarney ainda tem salvação

Na atual conjuntura e com base nos fatos conhecidos, Sarney se salva enfraquecido. Apenas fatos novos e/ou a combinação de fatos novos com uma estratégia errada de defesa fará com que Sarney se inviabilize.


ACM, Jáder Barbalho e Renan Calheiros tiveram que renunciar à presidência do Senado. A grande imprensa brasileira espera - e deseja - que José Sarney faça o mesmo. Provavelmente, isso não vai acontecer se considerarmos os fatos até hoje trazidos a público. Tal afirmação não vale frente a novos fatos. Sarney fica no comando do Senado por conta de uma conjunção de fatores.


Lula e o governo precisam de Sarney. Mesmo não sendo um aliado fiel e que, muitas vezes, claudicou no apoio ao governo, o raciocínio é que sempre foi ruim com ele e será muito pior sem ele. Sarney ainda controla os ímpetos de Renan, que parece viver em guerra contra Aloízio Mercadante e Tião Viana. Lula e Sarney têm um nível de diálogo que não se encontra igual entre o presidente e qualquer outra liderança do partido.


No PMDB, Sarney é considerado uma liderança inconteste. Uma espécie de poder moderador entre as várias facções. Sua queda causaria um problema sério no diálogo interno no partido, que carece de grandes nomes. Fora Renan, Michel Temer, Henrique Eduardo Alves e alguns outros poucos, o partido está enfraquecido.


O terceiro fator está na relação de Sarney com a oposição. Em especial, o DEM. Ainda que o discurso possa tornar-se mais agressivo, o partido não vai atuar decisivamente para derrubá-lo. O DEM sabe que com Sarney existe algum espaço de atuação para o partido no Senado. O mesmo não se daria, por exemplo, com Renan.


Até agora, as revelações não passam de desvios pequenos sob a ótica do político. Basta ver o que Roberto Requião disse em apoio a Sarney: não privatizou nem se apropriou de recursos públicos. É, evidentemente, uma visão torta da política. As atitudes passadas de Sarney com relação a nomeação de parentes, por exemplo, são inaceitáveis e moralmente reprováveis. No entanto, falta ao mundo político valores que constranjam os políticos a ter uma atitude ética em relação aos recursos públicos.


Vale comparar - ainda que mal comparando - a situação de Sarney com a de Collor. Os eventuais crimes de Collor não o derrubaram, e, sim, a falta de apoio político. Caso tivesse o placar a seu lado (maioria governista no Congresso), teria sobrevivido. Jovem, impulsivo e politicamente incompetente, Collor achou que poderia governar sem o Congresso. Já Sarney tem apoio dos senadores. Consta que 51 já teriam assinado manifesto a seu favor. Portanto, mesmo enfraquecido, Sarney (ainda) está protegido.


Porém (e em política sempre existem muitos "poréns"), as verdades na política são eternas até que sejam desmoralizadas. Não é impossível que Sarney tenha que renunciar à presidência do Senado para salvar o seu mandato. No radar político de hoje, tal hipótese configura-se como possível, mas improvável. Por analogia, o risco existe, já que figuras poderosas e articuladas como ACM, Barbalho e Renan caíram em situação semelhante. Além do mais, os absurdos cometidos pelas gestões anteriores e que tiveram as digitais de Sarney (e de seus antecessores), seriam suficientes para sua cassação. Para evitar riscos, Sarney deve agir com a máxima prudência e evitar, de toda a forma, que novas revelações elevem a temperatura do ambiente.


Joaquim Roriz, que também teve que renunciar para não ser cassado no Senado, dizia que "se acompanha o amigo até a beira do precipício, mas pular junto, jamais". Caso fatos novos venham a colocar Sarney em uma situação de xeque, todos os amigos vão abandoná-lo. Até mesmo pelo fato de que em política não existem amigos. Existem interesses. Em torno deles é que os relacionamentos na política se dão. Enquanto for conveniente se relacionar com Sarney politicamente, tudo bem. Caso contrário, já era.


Na atual conjuntura e com base nos fatos conhecidos, Sarney se salva enfraquecido. Apenas fatos novos e/ou a combinação de fatos novos com uma estratégia errada de defesa fará com que Sarney se inviabilize. Renan poderia ter continuado presidente se a sua estratégia de defesa fosse mais eficiente e menos arrogante. Ao errar muito e seguidamente, Renan terminou se enrolando. Dificilmente, Sarney cometerá os mesmos erros. Agirá de forma humilde. Abastecerá o noticiário de iniciativas que pouco vão resolver o problema, mas alimentam a fome da imprensa. Vai se articular com o governo e, eventualmente, usar da comatosa CPI da Petrobrás como instrumento de pressão para manter tanto o PMDB quanto o PT enquadrados na sua defesa.

Ficando ou saindo, Sarney fica (mais ou menos) na mesma.

Cenário 1 - Sarney fica. Enfraquecido

Não acontece nada de mais no Senado. O ritmo Legislativo continuará errático e a produtividade do Senado tende a continuar menor do que a da Câmara. Sarney pode se dispor a disputar mais um mandato, já que a crise tem pouca repercussão junto eleitorado do Amapá. Mantendo o cargo, Sarney atuará para assegurar a eleição de Roseana ao governo do Maranhão. Não disputando o Senado no Amapá, Sarney deve tentar fazer uma dos seus filhos senador no estado.

Cenário 2 - Sarney renuncia

Nada acontece de mais no Senado. O ritmo legislativo continuará errático e a produtividade do Senado tende a continuar menor do que a da Câmara. Sarney pode se dispor a disputar mais um mandato já que a crise tem pouca repercussão junto ao eleitorado do Amapá. Renunciando, Sarney vai jogar tudo na reeleição de Roseana ao governo do Maranhão e, eventualmente, a eleição de algum filho ao Senado pelo Amapá.

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Como você pode ver, essa é uma análise muito bem fundamentada e, apesar de ser apenas uma "previsão" tem uma probabilidade altíssima de se confirmar. Só nos resta esperar. É isso aí...

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Manchetes de Hoje

- Globo: Primeira morte por gripe suína não faz Brasil mudar estratégia

- Folha: Golpe depõe presidente de Honduras

- Estadão: Golpe de Estado depõe presidente de Honduras

- JB: Brasil tem primeira morte por gripe suína

- Correio: Gripe suína mata no Sul e avança no DF

- Valor: Obras de revitalização do rio São Francisco atrasam

- Estado de Minas: Brasileiro prefere correr riscos

- Jornal do Commercio: Campeão na raça

domingo, 28 de junho de 2009

José, Michael, Demostenes...

Não tem jeito. Por mais que tenha tentado, não consegui passar a semana sem comentar. Veja as manchetes da semana dos principais jornais do país: Folha, Estadão, Globo e JB.


Manchetes da Semana
segunda
Globo: Senado pagou até reforma da cozinha com atos secretos
terça
Globo: Senadores denunciam chantagem de ex-diretor
Folha: Ato secreto elevou verba de senadores
Estadão: Atos secretos envolvem 35 senadores
JB: Fogo no Senado
quarta
Globo: Senado demite diretores e anula só um ato secreto
Folha: Crise do Senado derruba 2 diretores
Estadão: Sarney troca diretores, mas pressão continua
JB: 663 atos secretos. E só um é anulado
quinta
Globo: Senado tenta descobrir quem movimentou contas secretas
Estadão: Neto de Sarney agencia crédito para funcionários do Senado
sexta
Globo: Denúncia sobre neto aumenta pressão pela saída de Sarney
sábado
Globo: Diretores que Senado disse ter demitido estão no cargo
domingo
Globo: Afastado, pivô de escândalo mantém o poder no Senado

A capacidade do senado brasileiro em produzir novidades nesse infindável escândalo parece infinita. Para sorte de Sarney e cia., Michael Jackson morreu e assim conseguiram ficar num segundo plano. Não é pra menos. Vamos a uma pequena comparação do tamanho do descalabro. Segundo as informações que transbordaram da cúpula emborcada, ali 'trabalham' 9.000 funcionários públicos. Isso mesmo: NOVE MIL! Isso para atender a 81 senadores. Pois é! Assis que é uma cidade de 100.000 habitantes possui aproximadamente 2.500 servidores. Aí estão incluídos todos da área da saúde, professores, braçais, administrativos, etc... E tem gente que ainda acha que é muito... Mas isso não é problema. Segundo o Presidente Lula, "Nós temos coisa mais importante pra resolver". Até a oposição tem se articulado para "não prejudicar a imagem da casa". Mas isso não começou hoje, ontem ou em janeiro desse ano. Começou junto com o senado. É uma doença crônica. Mais uns dias e ninguem mais fala em Michael Jackson. Mas do José, do Demostenes, dos "Agaciels"... ahhhhh... você vai continuar ouvindo. Duvidas?

COMPANHEIROS!
Via O Povo Online.

sábado, 27 de junho de 2009

Essa semana tô ouvindo...


CSS Cansei de Ser Sexy | Donkey | 2008



Como se vê pelo nome, é sim uma banda brasileira, mas que canta em inglês. Não por acaso tem feito um bom sucesso fora do país. Formada por 4 garotas e um cara, faz um som bem legal e descomprometido. Bom de ouvir.

Essa semana tô ouvindo...

Titãs - Sacos Plásticos | 2009



O mais recente CD dos Titãs. Depois de um bom tempo, um cd só com músicas inéditas. Apesar da já conhecida qualidade dos Titãs, achei que faltou alguma coisa. Acho que faltou aquela surpresa... Mas sempre vale a pena.

domingo, 14 de junho de 2009

RESPEITO


Segurança. Essa se transformou na palavra de ordem do dia a dia de qualquer cidade brasileira. Restrita às capitais e grandes cidades do Brasil, esse fenômeno há muito desembarcou nas antes pacatas e tranqüilas cidades do interior. Durante toda a minha infância e adolescência minha casa nunca teve cadeados nos portões. Hoje exceção é aquela que não seja dotada de alarmes, cercas eletrificadas... O que mudou? O crime? As pessoas? Vários são os componentes que foram se agregando para culminar com o status atual. Mas um dos ingredientes que foram mais reduzidos nessa receita é o respeito. Leio hoje nas paginas amarelas da Veja, a entrevista com Rudolph Giuliani, Prefeito de Nova York por dois mandatos, de 1994 a 2002, que reduziu pela metade as taxas de criminalidade e transformou a cidade em uma das mais seguras dos Estados Unidos. Veja só o que ele diz: “...quem não presta atenção nos detalhes não atinge sua meta. Em Nova York, ninguém queria prender o ladrão de rua, só o assaltante que levou 1 milhão de dólares de um banco ou o chefe do tráfico. O problema é que tanto o ladrãozinho quanto o adolescente que picha muros estão diretamente relacionados ao chefão do tráfico. Um leva ao outro. Um só existe por causa do outro. Antes de mais nada, cidades degradadas pela violência precisam resgatar a moral, o respeito. O que é seu é seu, e eu não posso pichar. Ponto. Também não posso roubar, nem quebrar, nem vender drogas, nem morar na rua. Sem valores morais, toda a sociedade acaba no círculo do crime, de uma forma ou de outra. Se o respeito volta, o crime adoece. Assim é mais fácil combatê-lo. Foi dessa maneira que Nova York deixou de ser a cidade mais violenta dos Estados Unidos para, em alguns anos, tornar-se mais segura.” Pois é Giuliani, por mais que se analise a questão da segurança, mais certeza temos que o que falta mesmo é o respeito. Respeito pela legislação, que existe, basta que seja cumprida, inclusive pelas autoridades. Respeito pela pessoa, a começar pelas crianças que têm direito a receber uma educação minimamente de qualidade. Respeito pelo dinheiro público, que deve ser gasto de forma responsável e eficaz, buscando o coletivo em detrimento do individual. Respeito pelas instituições, que devem se destinar a cumprir suas funções e não apenas para atender interesses imediatos e pessoais. Respeito pelo meio ambiente, que não deve ser encarado apenas como a fauna e a flora nativas de uma região, mas o ambiente de forma geral, ou seja, considerando-se primordialmente a pessoa que o habita. Enfim... o momento é de buscarmos a recuperação do respeito. A partir daí chegamos no ponto zero para os enfrentamentos específicos. É isso aí.

MISCASTING


Aprendi uma nova expressão. Fui ler a coluna do Luiz Fernando Vianna na Folha de quinta feira, por recomendação de uma super amiga e colaboradora de todas as horas e ela estava lá. Sólida como um banco de areia. “Miscasting”. Trata-se da expressão em inglês para quando se escolhe um ator errado para desempenhar determinado papel. Interessante. Na coluna o Luiz Fernando fala sobre “O Homem Errado” (tem a coluna na íntegra no link aí do lado), ou seja, o equivoco da indicação do Ministro Nelson Jobim, para a pasta da Defesa. Essa é uma situação interessante. Não encontro no português uma palavra, assim, única, completa, inteira, que possa retratar tal situação. No entanto, para onde quer que desviemos nosso olhar temos um (ou será uma?) “miscasting”. É tanta gente em lugar errado que chega a chocar o fato de não termos cunhado uma palavra para isso. Vivemos no país do ‘concurso público’ que segundo as regras deve se pautar por critérios objetivos de escolha. Falta definir a questão da vocação para o exercício de determinada função. No caso de indicações sem concurso então nem se fale. Os critérios são inexistentes. Você admite um médico que não possa ver sangue? Um engenheiro que não goste de obras? Ou um advogado que tenha horror a processos? É. Então. No mundo globalizado, em crise, competitivo, on line em que vivemos, a cada dia mais, é necessária a soma de atribuições para a formação de um perfil minimamente adequado para o exercício de alguma função. Se você como eu não sabia, agora já sabe. Quando trombar com alguém metendo os pés pelas mãos, pronto... mais um “miscasting”.

A IMAGEM FALA

domingo, 7 de junho de 2009

Influentes do Mundo


Quadro pintado em óleo em 2006 por Dai Dudu, Li Tiezi, e Zhang An mostrava as personalidades mais influentes da história.

Daí um internauta digitalizou a obra e disponibilizou a imagem com o link para a wikipedia de cada personagem. Basta clicar na pessoa e saber toda a sua história. Show! Clique na imagem acima e confira!

Essa eu vi no CHONGAS (http://www.chongas.com.br)

O Futebol e o Basquete - tão perto, tão longe


O prefixo musical que toca na televisão não deixa dúvidas. Vai começar mais uma partida de futebol. Daqui a pouco o Galvão vai estar, mais uma vez, se esgoelando enquanto desfia seu interminável estoque de ufanismo. Trata-se de Brasil e Uruguai, pelas eliminatórias da Copa de 2010. Esse jogo, independentemente de qualquer campeonato que possa estar em disputa, invariavelmente traz a eterna rivalidade existente entre os dois vizinhos. Talvez só perca para rivalidade existente com a Argentina. Que o diga o Maracanã de 1950. Mas apesar de todos esses ingredientes, não me sinto atraído a assistir. Considero-me um grande apreciador de esportes. De todos os esportes. Desde que me conheço por gente sou torcedor de futebol. Mas não tenho tido mais paciência com o “esporte bretão”. O noticiário da semana informa a morte de mais um “torcedor”. Torcedor???? Mas o que o esporte tem a ver com emboscadas e guerras de gangs? Não sei, mas desconfio.
Vamos começar pelos próprios jogadores. Hoje em dia, para se transformar em um craque mundial (leia-se Europa), o jogador deve despontar no máximo aos 12 anos de idade. 14 anos com muita sorte. Para que isso aconteça, a dedicação exclusiva começa praticamente junto com os primeiros passos da criança. O resultado disso obviamente são heróis analfabetos, com as raríssimas exceções para confirmar a regra. E analfabetos com muito dinheiro. Muito mesmo. Tudo isso é gerenciado por pessoas que jamais chegaram perto de uma bola. E isso porque a Copa de 2014 vai ser aqui. É... alguns cumulus nimbus nos esperam...

De uns tempos pra cá me tornei um torcedor do basquete. Tenho tido inclusive a oportunidade de acompanhar esse esporte, digamos, pelo lado de dentro. A diferença de ambiente é brutal. Vamos aos fatos: 1) não tem alambrado, e ninguém pula para a quadra; 2) não se pode atirar objetos na quadra (é claro) e ninguém atira; 3) mulheres e crianças são bem vindas e se não são a maioria estão muito perto; e por aí vai... Apesar de resultados expressivos no passado, o esporte acabou relegado à um terceiro (ou quarto) plano. A inabilidade de alguns que participam da política interna desse esporte atrapalhou bastante.
Mas, envolve paixão, a disputa na quadra é tão ou mais viril quanto o futebol e, mesmo assim, não se tem notícias de confrontos sérios como os que envolvem as “organizadas” ou melhor, esses terroristas desajustados. Num primeiro momento, a resposta mais utilizada é de que o torcedor é mais “elitizado”. Pergunto: como pode ser elitizado, se o preço dos ingressos, que no futebol se iniciam em R$ 20 no basquete giram em torno de R$ 2, R$3 no máximo R$ 5?
Do mesmo jeito, tenho algumas pretensiosas respostas. Inicialmente quanto à formação dos atletas: para que um atleta atinja o olimpo do esporte (a NBA liga profissional norte americana) terá que passar por uma Universidade de lá. Qualquer um que começa tem isso em mente. E evidentemente, pode até não ser um eisnteim, mas tem uma cultura muito melhor do que a dos “boleiros”. Os patamares salariais, apesar de altos para a realidade brasileira, são infinitamente menores do que os do futebol. Disso decorre uma conseqüência lógica: menos dinheiro envolvido, muito menos pilantras ao redor. O que faz dos dirigentes serem, invariavelmente, idealistas, apaixonados e voluntários. Os fatos, argumentos e premissas estão postos. Quem vai começar a discussão?

sexta-feira, 29 de maio de 2009

LIVROS


Livros. Sempre fui apaixonado por livros. Gosto não só da leitura, mas do livro como um todo. O objeto em si. Apesar de todo o conteúdo existente no mundo virtual de hoje, ainda não consigo ler algo mais longo do que um artigo através do computador. Você conhece alguém que já leu um romance pela internet? Devem existir vários, mas eu não conheço nenhum. Mas ultimamente, parece estar em curso um verdadeiro complô contra esses objetos, normalmente feitos de papel e que, sempre tiveram como uma de suas principais finalidades a de instruir as pessoas.
Outro dia Farouk Hosny, o ministro da Cultura egípcio, cunhou a seguinte frase: “Eu queimaria pessoalmente qualquer livro israelense que se encontrasse nas bibliotecas do Egito”. A frase, ainda que não contivesse a carga de preconceito que carrega já seria de uma violência atroz. É maior ainda quando descobrimos que o Sr. Hosny é candidato ao cargo de diretor-geral da Unesco. Sabe o que faz a Unesco? É o organismo internacional que se ocupa prioritariamente de livros e bibliotecas. O Diogo Mainardi da Veja, escreveu sobre ele na sua coluna do dia 20/05.
Mas ele tem um concorrente de peso. O Governo do Estado tem se “empenhado” bastante nessa cruzada. Alguns livros distribuídos pela Secretaria de Estado da Educação têm vindo com verdadeiras pérolas. Um livro de geografia que traz o Paraguai no lugar do Uruguai, Bolivia e Paraguai formando um país só e a América do Sul sem o Equador, não serve para dar credibilidade a esses objetos cheios de letras e folhas. Dizem que a Secretaria da Educação de então sumiu do mapa, por conta desses errinhos. Mais recentemente, estabeleceu-se a polemica com a distribuição de um livro de quadrinhos com piadas preconceituosas, de cunho racista e sexual. Um livro de poesias para crianças de 9 anos com conselhos irônicos sobre “como se tornar um super vilão”. Não ame ninguém. Tome drogas. Estupre. Uma fina ironia a qual as crianças da 3ª. série estão perfeitamente acostumadas não é? O Governador determinou providências e os livros foram retirados de circulação. Acho que vão ser queimados.
O que estará acontecendo então? A concorrência da informática com os livros é desleal. Som, movimento, interatividade e conteúdo. Todo o conteúdo que não se imaginaria a pouco tempo atrás. Com isso as principais fontes de pesquisa atuais são a Wikipédia e o Google. Cadê a Barsa? E a Delta Larouse? A Wikipédia, se é que alguém ainda não conhece, é uma enciclopédia virtual que é alimentada pelos conhecimentos dos internautas. É muito criticada por trazer informações que podem, digamos, não ser tão confiáveis assim. O Google também. Por buscar toda a informação existente na internet, traz como resultado de suas pesquisas muita bobagem. Pois é. Se a diferença entre o livro como ‘mídia’ e a internet, era a forma criteriosa em que o primeiro era elaborado e a informalidade e o livre acesso que caracterizam a rede, meus amigos, é melhor irmos nos acostumando com as maquininhas...

AINDA MAQUININHAS


Por falar em livros, maquininhas e etc... a Amazon.com, apresentou a nova versão do Kindle, um aparelho que tem a pretensão (e pelo jeito está partindo pra cima) de substituir o livro convencional. Analistas de mercado prevêm que o eBook, como vem sendo chamado, criado pelo grupo Amazon, se tornará um negócio de US$ 1,2 bilhão, até o ano que vem. Lançado no final de 2007, o Kindle vendeu mais de 500 mil unidades em menos de um ano, números que chamaram a atenção de criativos, como Steve Jobs.
Custando US$ 359, o eBook foi disponibilizado desde o próximo dia 24. Essa versão do Kindle, possui 7 vezes mais espaço que a anterior, armazenando até 1.500 títulos e tem a função text to speech, que converte texto em áudio. Stephen King esteve presente na apresentação, e mostrou parte de uma história que ele escreveu exclusivamente para o gadget, que tem 968 kb de tamanho e custará US$ 2,99.
Há um vídeo muito, mas muito legal que fizeram, que conta sobre cada nova feature do aparelho. Os livros, revistas e jornais, podem ser adquiridos via Kindle Store, que já conta com 230.000 títulos. Os blogs mais lidos do mundo, como TechCrunch ou Boing Boing, também podem ser lidos via Kindle. E tão interessante quanto tudo isso, é que até a Wikipédia pode ser vista, sem necessidade de qualquer espécie de conexão. Uau!
>>> tarjapreta.org

Paciência


A Paciência é a SOLUÇÃO para a maioria dos problemas...

sábado, 23 de maio de 2009

O Café, a Aposentada e... Assis


Recentemente estive em uma loja do “Pão de Açúcar”. Procurava café solúvel e como nunca tinha entrado naquele supermercado, estava meio ‘perdido’ para localizar a seção onde iria encontrar o produto. Fui então abordado por uma senhorinha, dessas que se encontra aos montes nos supermercados, cabelos já totalmente grisalhos, mas extremamente bem cuidados, os indispensáveis óculos e aquela postura serena e confiante de quem já viveu, ensinou e ajudou muita gente. Com toda a paciência do mundo me levou exatamente ao setor que eu precisava e ainda perguntou se poderia me ajudar em mais alguma coisa. Ela poderia ser a minha avó. Poderia ser uma tia. Acho até que podia ser minha mãe (desculpa mãe, eu sei que você parece muito mais nova...). Era uma espécie de ‘consultora de consumo’ ou algo parecido. Me surpreendi com aquela atitude de uma grande empresa e fui verificar. Descobri então que o Grupo Pão de Açúcar tem uma política de atenção às pessoas da terceira idade, para “propiciar oportunidades para profissionais interessados em ingressar ou em se manter no mercado de trabalho. Nosso compromisso é oferecer um espaço de convivência para a população idosa, visando a socialização, melhoria da qualidade de vida, resgate da auto-estima e o exercício da cidadania, além de um ganho financeiro”. Está lá no site deles, pode conferir aí ao lado. (Digno de um click – Pão de Açúcar). Descobri também que o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, mantém um manual com o nome de “Como as Empresas podem (e devem) valorizar a Diversidade” (Digno de um click – Instituto Ethos) e que uma de suas associadas a Intermédica, empresa líder no setor de medicina de grupo no Brasil, com mais de 800 mil usuários, assumiu há alguns anos o compromisso de valorizar a diversidade como uma política a ser praticada em toda a organização. Ela adotou a orientação expressa de evitar atos discriminatórios no recrutamento e seleção, nos critérios de análise e nas operações do dia-a-dia e criou entre outros o Programa Especial de Admissão de Aposentados. Ao que parece esse é o rumo que se aponta para o futuro, uma vez que a cada dia que passa aumentam as condições de saúde e a disposição para o trabalho por parte dos aposentados.
No que diz respeito à cidade de Assis, especificamente quanto ao Poder Público, essa realidade pode estar caminhando para o sentido inverso.
Segundo a Lei Municipal nº. 295/2009, fica proibida - vejam bem – proibida, a nomeação para cargos de provimento em comissão de aposentados e pensionistas nos entes Estaduais, Federais, de suas Autarquias e Fundações, junto ao Poder Executivo, Poder Legislativo, Fundações e Autarquias do Município de Assis. A alegação é de que os aposentados em questão “já possuem sua renda mensal e meios de sua (sic) subsistência, inclusive com ganhos considerados suficientes para sua manutenção e de sua família, visto que quem se aposenta pelos órgãos acima, se aposentam (sic) com um bom salário”. Esse projeto, apesar de ter como autores todos os vereadores do município (ao menos todos assinaram), teve apenas três votos contrários, talvez não coincidentemente três dos vereadores do Democratas (Ana Santa, Márcio e Bahia). Arlindo, por ser Presidente da Casa não votou. O Prefeito não vetou o Projeto mas também não o sancionou, tendo o mesmo se transformado em Lei Municipal por ‘sanção tácita’. Muito se pode argumentar em defesa de atitudes como essa mas, que estamos diante de um contra-senso, isso é inegável.
É importante e salutar informar que, como a proibição em questão diz respeito aos cargos ditos ‘em comissão’ ou seja, aqueles de livre nomeação e destinados à atividades de chefia, assessoramento e direção. Salvo melhor juízo as atribuições anteriores têm ligação estreita com a experiência.
Dispensar os préstimos de pessoas que não só pela dedicação mas também e principalmente pelas experiências anteriores possam ter se gabaritado para atividades importantíssimas é, no mínimo politicamente incorreto. Isso sem falar nas questões jurídicas fundamentais... Mas isso é outra estória. Será que o caminho é esse?

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Testes

As postagens abaixo foram feitas como experiência, para que eu pudesse ter uma idéia da disposição, efeitos e principalmente para obter algumas opiniões sobre esse blog. Espero ter uma regularidade mínima a partir de agora. Como eu já disse, não haverá um assunto específico, mas um espaço para discussão daquilo que for relevante, interessante, intrigante, e muitos outros 'antes'. Comente, critique, sugira. É isso aí.