sábado, 17 de outubro de 2009
NÚMEROS
CENAS URBANAS
http://veja.abril.com.br/blog/cenas-urbanas/viagem/trens/
MUDANÇAS
domingo, 4 de outubro de 2009
ESTRATÉGIA
FIEL?
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
BRASIL OLÍMPICO
domingo, 27 de setembro de 2009
OPÇÃO PELO ERRADO
sábado, 26 de setembro de 2009
MALUQUINHO?
O informativo produzido pela Câmara Municipal de Assis, no site do legislativo, sobre a sessão do dia 21/10 traz uma informação no mínimo inusitada: que um dos Vereadores teria recebido um ofício do Secretário de Estado de Gestão Pública Sidnei ZIRALDO.
terça-feira, 22 de setembro de 2009
TELA QUENTE
sábado, 19 de setembro de 2009
FHC E THC
DÁ PARA CONFIAR?
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
XADREZ
Faltando praticamente um ano para as eleições, o tabuleiro dos pré-pretendentes (será que existe isso?) a representante da região, anda movimentado. No entanto, todos aguardam os próximos movimentos da rainha (ou do rei!?!) para preparar as próximas jogadas. Ao contrário do que vocês pensam, esse jogo promete lances de pura emoção.
ÁGUA
domingo, 13 de setembro de 2009
MAIS 7343.
VOLTA
domingo, 12 de julho de 2009
Um dia desses José Saramago declarou em uma entrevista ao jornal argentino "Clarin", que "A prática do blog levou muitas pessoas que antes pouco ou nada escreviam a escrever. Pena que muitas delas pensem que não vale a pena se preocupar com a qualidade do que se escreve". Ele mantem seu próprio blog, " O Caderno de Saramago", que vale uma olhada diária. Concordo com o que ele diz quanto a qualidade. Mas é indiscutível o benefício que o advento da internet e a disponibilização gratuita das idéias através dos blogs e outros meios trouxeram para a democratização em geral. Óbvio que Saramago não aborda esse aspecto e nem era esse o contexto da entrevista. Mas serve para ilustrar esse tema, pois somente através dessa tecnologia, você pode ter condições de acessar, instantaneamente, as idéias do que há de melhor na língua até os infinitos "Creysons" que pululam pela blogosfera. Até o Lula tem seu blog. Sarney também foi acusado, quando Presidente da República, de comprar mais um ano de mandato através da distribuição de concessões de rádio aos congressistas. Era evidente o valor que se dava a um canal de informações, com poder de atingir as massas. Somente aqueles que detinham o poder, político ou econômico, tinham acesso aos canais de distribuição da informação. É lógico que isso não mudou tanto assim, mas os acontecimentos recentes no Irã ou em Honduras só puderam ser acompanhados mundialmente e simultaneamente graças aos novos canais de distribuição de comunicação.Principalmente porque podemos acessar as diversas versões de um mesmo acontecimento, sem ficarmos presos na versão oficial. Sites, blogs, twitter, orkut, facebook, sms e aquelas coisas que foram inventadas hoje e que ainda nem sabemos que existem. Mas vamos ficar sabendo, passaremos a utiliza-las e dentro de muito pouco não saberemos mais viver sem elas. Com isso, como já vem ocorrendo, teremos acesso a todo universo de idéias e fatos, ainda que tenhamos que 'trombar' com muita 'porcaria' que é lançada por aí. Mas vale o sacrifício.
FAST FOOD, FAST INFORMATION
Quem levantou essa questão outro dia foi minha amiga Nilza, que, como sempre, está acompanhada de questões pertinentes. Saiu na Época da semana passada. A cultura do fast. Fast food, via expressa, informação instantânea. Consumo imediato. Acredito na democratização da informação, mas a discussão sobre esses novos hábitos deve ganhar corpo. Por mais que ressaltemos a importância do acesso à informação, da possibilidade de aquisição de produtos antes difíceis de encontrar, a agilidade que os novos meios proporcionam na tomada de decisões de todas as espécies, essa doença do imediatismo tem que ser combatida. “Vivemos o delírio do tempo. Tudo tem de ser veloz. O processo e a reflexão são sempre pouco importantes”, diz o filósofo Mário Sérgio Cortella, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Acho difícil que a nossa geração perca alguns hábitos, como ler jornais "no papel", assim como os livros, ouvir os "discos" inteiros, assistir filmes no cinema. Mas não garanto que a próxima geração ainda mantenha esses costumes. A cultura do "slow food" já é uma realidade. Alguns donos de restaurante italianos se uniram para barrar o avanço das redes de 'fast-food'. Surgia assim o slow food, um movimento para resgatar os prazeres da mesa que iam se perdendo com as refeições rápidas e industrializadas. A idéia deu origem a uma filosofia de desaceleração. Já é hora de começar a discutir uma cultura de "slow information". Sabe aquele livro que você lê deitado numa rede? Aquele jornal naquela poltrona? Esse hábito não pode ser esquecido, pode? É isso aí.
OS INSACIÁVEIS
Faça suas apostas. Depois que Lula humilhou o PT no Senado para ficar bem com o PMDB, tudo é possível. Inclusive a nomeação de um peemedebista para a Articulação e até mesmo o desempate pró-PMDB em Estados chaves, como Minas e Pará, onde PT e PMDB estão se matando. É Lula quem quer decretar qual dos dois morre e qual dos dois vive. Tudo, claro, pela candidatura Dilma, que nada mais é do que a manutenção do próprio Lula no poder.
CURTO E GROSSO
PARA NÃO ESQUECER
Bertold Brecht
O pior analfabeto
É o analfabeto político,
Ele não ouve, não fala,
Nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo da vida,
O preço do feijão, do peixe, da farinha,
Do aluguer, do sapato e do remédio
Dependem das decisões políticas.
O analfabeto político
É tão burro que se orgulha
E incha o peito dizendo
Que odeia a política.
Não sabe o imbecil que,
da sua ignorância política
Nasce a prostituta, o menor abandonado,
E o pior de todos os bandidos,
Que é o político vigarista,
Pilantra, corrupto e lacaio
Das empresas nacionais e multinacionais.
domingo, 5 de julho de 2009
terça-feira, 30 de junho de 2009
JOSÉ SARNEY TEM SALVAÇÃO
Agenda e análise política para a semana
Produzido por Murillo de Aragão, Cristiano Noronha, José Negreiros e Rômulo Osório
José Sarney ainda tem salvação
Na atual conjuntura e com base nos fatos conhecidos, Sarney se salva enfraquecido. Apenas fatos novos e/ou a combinação de fatos novos com uma estratégia errada de defesa fará com que Sarney se inviabilize.
ACM, Jáder Barbalho e Renan Calheiros tiveram que renunciar à presidência do Senado. A grande imprensa brasileira espera - e deseja - que José Sarney faça o mesmo. Provavelmente, isso não vai acontecer se considerarmos os fatos até hoje trazidos a público. Tal afirmação não vale frente a novos fatos. Sarney fica no comando do Senado por conta de uma conjunção de fatores.
Lula e o governo precisam de Sarney. Mesmo não sendo um aliado fiel e que, muitas vezes, claudicou no apoio ao governo, o raciocínio é que sempre foi ruim com ele e será muito pior sem ele. Sarney ainda controla os ímpetos de Renan, que parece viver em guerra contra Aloízio Mercadante e Tião Viana. Lula e Sarney têm um nível de diálogo que não se encontra igual entre o presidente e qualquer outra liderança do partido.
No PMDB, Sarney é considerado uma liderança inconteste. Uma espécie de poder moderador entre as várias facções. Sua queda causaria um problema sério no diálogo interno no partido, que carece de grandes nomes. Fora Renan, Michel Temer, Henrique Eduardo Alves e alguns outros poucos, o partido está enfraquecido.
O terceiro fator está na relação de Sarney com a oposição. Em especial, o DEM. Ainda que o discurso possa tornar-se mais agressivo, o partido não vai atuar decisivamente para derrubá-lo. O DEM sabe que com Sarney existe algum espaço de atuação para o partido no Senado. O mesmo não se daria, por exemplo, com Renan.
Até agora, as revelações não passam de desvios pequenos sob a ótica do político. Basta ver o que Roberto Requião disse em apoio a Sarney: não privatizou nem se apropriou de recursos públicos. É, evidentemente, uma visão torta da política. As atitudes passadas de Sarney com relação a nomeação de parentes, por exemplo, são inaceitáveis e moralmente reprováveis. No entanto, falta ao mundo político valores que constranjam os políticos a ter uma atitude ética em relação aos recursos públicos.
Vale comparar - ainda que mal comparando - a situação de Sarney com a de Collor. Os eventuais crimes de Collor não o derrubaram, e, sim, a falta de apoio político. Caso tivesse o placar a seu lado (maioria governista no Congresso), teria sobrevivido. Jovem, impulsivo e politicamente incompetente, Collor achou que poderia governar sem o Congresso. Já Sarney tem apoio dos senadores. Consta que 51 já teriam assinado manifesto a seu favor. Portanto, mesmo enfraquecido, Sarney (ainda) está protegido.
Porém (e em política sempre existem muitos "poréns"), as verdades na política são eternas até que sejam desmoralizadas. Não é impossível que Sarney tenha que renunciar à presidência do Senado para salvar o seu mandato. No radar político de hoje, tal hipótese configura-se como possível, mas improvável. Por analogia, o risco existe, já que figuras poderosas e articuladas como ACM, Barbalho e Renan caíram em situação semelhante. Além do mais, os absurdos cometidos pelas gestões anteriores e que tiveram as digitais de Sarney (e de seus antecessores), seriam suficientes para sua cassação. Para evitar riscos, Sarney deve agir com a máxima prudência e evitar, de toda a forma, que novas revelações elevem a temperatura do ambiente.
Joaquim Roriz, que também teve que renunciar para não ser cassado no Senado, dizia que "se acompanha o amigo até a beira do precipício, mas pular junto, jamais". Caso fatos novos venham a colocar Sarney em uma situação de xeque, todos os amigos vão abandoná-lo. Até mesmo pelo fato de que em política não existem amigos. Existem interesses. Em torno deles é que os relacionamentos na política se dão. Enquanto for conveniente se relacionar com Sarney politicamente, tudo bem. Caso contrário, já era.
Na atual conjuntura e com base nos fatos conhecidos, Sarney se salva enfraquecido. Apenas fatos novos e/ou a combinação de fatos novos com uma estratégia errada de defesa fará com que Sarney se inviabilize. Renan poderia ter continuado presidente se a sua estratégia de defesa fosse mais eficiente e menos arrogante. Ao errar muito e seguidamente, Renan terminou se enrolando. Dificilmente, Sarney cometerá os mesmos erros. Agirá de forma humilde. Abastecerá o noticiário de iniciativas que pouco vão resolver o problema, mas alimentam a fome da imprensa. Vai se articular com o governo e, eventualmente, usar da comatosa CPI da Petrobrás como instrumento de pressão para manter tanto o PMDB quanto o PT enquadrados na sua defesa.
Ficando ou saindo, Sarney fica (mais ou menos) na mesma.
Cenário 1 - Sarney fica. Enfraquecido
Não acontece nada de mais no Senado. O ritmo Legislativo continuará errático e a produtividade do Senado tende a continuar menor do que a da Câmara. Sarney pode se dispor a disputar mais um mandato, já que a crise tem pouca repercussão junto eleitorado do Amapá. Mantendo o cargo, Sarney atuará para assegurar a eleição de Roseana ao governo do Maranhão. Não disputando o Senado no Amapá, Sarney deve tentar fazer uma dos seus filhos senador no estado.
Cenário 2 - Sarney renuncia
Nada acontece de mais no Senado. O ritmo legislativo continuará errático e a produtividade do Senado tende a continuar menor do que a da Câmara. Sarney pode se dispor a disputar mais um mandato já que a crise tem pouca repercussão junto ao eleitorado do Amapá. Renunciando, Sarney vai jogar tudo na reeleição de Roseana ao governo do Maranhão e, eventualmente, a eleição de algum filho ao Senado pelo Amapá.
Como você pode ver, essa é uma análise muito bem fundamentada e, apesar de ser apenas uma "previsão" tem uma probabilidade altíssima de se confirmar. Só nos resta esperar. É isso aí...
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Manchetes de Hoje
- Globo: Primeira morte por gripe suína não faz Brasil mudar estratégia
- Folha: Golpe depõe presidente de Honduras
- Estadão: Golpe de Estado depõe presidente de Honduras
- JB: Brasil tem primeira morte por gripe suína
- Correio: Gripe suína mata no Sul e avança no DF
- Valor: Obras de revitalização do rio São Francisco atrasam
- Estado de Minas: Brasileiro prefere correr riscos
- Jornal do Commercio: Campeão na raça
domingo, 28 de junho de 2009
José, Michael, Demostenes...
segunda
Globo: Senado pagou até reforma da cozinha com atos secretos
terça
Globo: Senadores denunciam chantagem de ex-diretor
Folha: Ato secreto elevou verba de senadores
Estadão: Atos secretos envolvem 35 senadores
JB: Fogo no Senado
quarta
Globo: Senado demite diretores e anula só um ato secreto
Folha: Crise do Senado derruba 2 diretores
Estadão: Sarney troca diretores, mas pressão continua
JB: 663 atos secretos. E só um é anulado
quinta
Globo: Senado tenta descobrir quem movimentou contas secretas
Estadão: Neto de Sarney agencia crédito para funcionários do Senado
sexta
Globo: Denúncia sobre neto aumenta pressão pela saída de Sarney
sábado
Globo: Diretores que Senado disse ter demitido estão no cargo
domingo
Globo: Afastado, pivô de escândalo mantém o poder no Senado
sábado, 27 de junho de 2009
Essa semana tô ouvindo...
domingo, 14 de junho de 2009
RESPEITO
Segurança. Essa se transformou na palavra de ordem do dia a dia de qualquer cidade brasileira. Restrita às capitais e grandes cidades do Brasil, esse fenômeno há muito desembarcou nas antes pacatas e tranqüilas cidades do interior. Durante toda a minha infância e adolescência minha casa nunca teve cadeados nos portões. Hoje exceção é aquela que não seja dotada de alarmes, cercas eletrificadas... O que mudou? O crime? As pessoas? Vários são os componentes que foram se agregando para culminar com o status atual. Mas um dos ingredientes que foram mais reduzidos nessa receita é o respeito. Leio hoje nas paginas amarelas da Veja, a entrevista com Rudolph Giuliani, Prefeito de Nova York por dois mandatos, de 1994 a 2002, que reduziu pela metade as taxas de criminalidade e transformou a cidade em uma das mais seguras dos Estados Unidos. Veja só o que ele diz: “...quem não presta atenção nos detalhes não atinge sua meta. Em Nova York, ninguém queria prender o ladrão de rua, só o assaltante que levou 1 milhão de dólares de um banco ou o chefe do tráfico. O problema é que tanto o ladrãozinho quanto o adolescente que picha muros estão diretamente relacionados ao chefão do tráfico. Um leva ao outro. Um só existe por causa do outro. Antes de mais nada, cidades degradadas pela violência precisam resgatar a moral, o respeito. O que é seu é seu, e eu não posso pichar. Ponto. Também não posso roubar, nem quebrar, nem vender drogas, nem morar na rua. Sem valores morais, toda a sociedade acaba no círculo do crime, de uma forma ou de outra. Se o respeito volta, o crime adoece. Assim é mais fácil combatê-lo. Foi dessa maneira que Nova York deixou de ser a cidade mais violenta dos Estados Unidos para, em alguns anos, tornar-se mais segura.” Pois é Giuliani, por mais que se analise a questão da segurança, mais certeza temos que o que falta mesmo é o respeito. Respeito pela legislação, que existe, basta que seja cumprida, inclusive pelas autoridades. Respeito pela pessoa, a começar pelas crianças que têm direito a receber uma educação minimamente de qualidade. Respeito pelo dinheiro público, que deve ser gasto de forma responsável e eficaz, buscando o coletivo em detrimento do individual. Respeito pelas instituições, que devem se destinar a cumprir suas funções e não apenas para atender interesses imediatos e pessoais. Respeito pelo meio ambiente, que não deve ser encarado apenas como a fauna e a flora nativas de uma região, mas o ambiente de forma geral, ou seja, considerando-se primordialmente a pessoa que o habita. Enfim... o momento é de buscarmos a recuperação do respeito. A partir daí chegamos no ponto zero para os enfrentamentos específicos. É isso aí.
MISCASTING
Aprendi uma nova expressão. Fui ler a coluna do Luiz Fernando Vianna na Folha de quinta feira, por recomendação de uma super amiga e colaboradora de todas as horas e ela estava lá. Sólida como um banco de areia. “Miscasting”. Trata-se da expressão em inglês para quando se escolhe um ator errado para desempenhar determinado papel. Interessante. Na coluna o Luiz Fernando fala sobre “O Homem Errado” (tem a coluna na íntegra no link aí do lado), ou seja, o equivoco da indicação do Ministro Nelson Jobim, para a pasta da Defesa. Essa é uma situação interessante. Não encontro no português uma palavra, assim, única, completa, inteira, que possa retratar tal situação. No entanto, para onde quer que desviemos nosso olhar temos um (ou será uma?) “miscasting”. É tanta gente em lugar errado que chega a chocar o fato de não termos cunhado uma palavra para isso. Vivemos no país do ‘concurso público’ que segundo as regras deve se pautar por critérios objetivos de escolha. Falta definir a questão da vocação para o exercício de determinada função. No caso de indicações sem concurso então nem se fale. Os critérios são inexistentes. Você admite um médico que não possa ver sangue? Um engenheiro que não goste de obras? Ou um advogado que tenha horror a processos? É. Então. No mundo globalizado, em crise, competitivo, on line em que vivemos, a cada dia mais, é necessária a soma de atribuições para a formação de um perfil minimamente adequado para o exercício de alguma função. Se você como eu não sabia, agora já sabe. Quando trombar com alguém metendo os pés pelas mãos, pronto... mais um “miscasting”.
domingo, 7 de junho de 2009
Influentes do Mundo
Quadro pintado em óleo em 2006 por Dai Dudu, Li Tiezi, e Zhang An mostrava as personalidades mais influentes da história.
Daí um internauta digitalizou a obra e disponibilizou a imagem com o link para a wikipedia de cada personagem. Basta clicar na pessoa e saber toda a sua história. Show! Clique na imagem acima e confira!
Essa eu vi no CHONGAS (http://www.chongas.com.br)
O Futebol e o Basquete - tão perto, tão longe
O prefixo musical que toca na televisão não deixa dúvidas. Vai começar mais uma partida de futebol. Daqui a pouco o Galvão vai estar, mais uma vez, se esgoelando enquanto desfia seu interminável estoque de ufanismo. Trata-se de Brasil e Uruguai, pelas eliminatórias da Copa de 2010. Esse jogo, independentemente de qualquer campeonato que possa estar em disputa, invariavelmente traz a eterna rivalidade existente entre os dois vizinhos. Talvez só perca para rivalidade existente com a Argentina. Que o diga o Maracanã de 1950. Mas apesar de todos esses ingredientes, não me sinto atraído a assistir. Considero-me um grande apreciador de esportes. De todos os esportes. Desde que me conheço por gente sou torcedor de futebol. Mas não tenho tido mais paciência com o “esporte bretão”. O noticiário da semana informa a morte de mais um “torcedor”. Torcedor???? Mas o que o esporte tem a ver com emboscadas e guerras de gangs? Não sei, mas desconfio.
Vamos começar pelos próprios jogadores. Hoje em dia, para se transformar em um craque mundial (leia-se Europa), o jogador deve despontar no máximo aos 12 anos de idade. 14 anos com muita sorte. Para que isso aconteça, a dedicação exclusiva começa praticamente junto com os primeiros passos da criança. O resultado disso obviamente são heróis analfabetos, com as raríssimas exceções para confirmar a regra. E analfabetos com muito dinheiro. Muito mesmo. Tudo isso é gerenciado por pessoas que jamais chegaram perto de uma bola. E isso porque a Copa de 2014 vai ser aqui. É... alguns cumulus nimbus nos esperam...
De uns tempos pra cá me tornei um torcedor do basquete. Tenho tido inclusive a oportunidade de acompanhar esse esporte, digamos, pelo lado de dentro. A diferença de ambiente é brutal. Vamos aos fatos: 1) não tem alambrado, e ninguém pula para a quadra; 2) não se pode atirar objetos na quadra (é claro) e ninguém atira; 3) mulheres e crianças são bem vindas e se não são a maioria estão muito perto; e por aí vai... Apesar de resultados expressivos no passado, o esporte acabou relegado à um terceiro (ou quarto) plano. A inabilidade de alguns que participam da política interna desse esporte atrapalhou bastante.
Mas, envolve paixão, a disputa na quadra é tão ou mais viril quanto o futebol e, mesmo assim, não se tem notícias de confrontos sérios como os que envolvem as “organizadas” ou melhor, esses terroristas desajustados. Num primeiro momento, a resposta mais utilizada é de que o torcedor é mais “elitizado”. Pergunto: como pode ser elitizado, se o preço dos ingressos, que no futebol se iniciam em R$ 20 no basquete giram em torno de R$ 2, R$3 no máximo R$ 5?
Do mesmo jeito, tenho algumas pretensiosas respostas. Inicialmente quanto à formação dos atletas: para que um atleta atinja o olimpo do esporte (a NBA liga profissional norte americana) terá que passar por uma Universidade de lá. Qualquer um que começa tem isso em mente. E evidentemente, pode até não ser um eisnteim, mas tem uma cultura muito melhor do que a dos “boleiros”. Os patamares salariais, apesar de altos para a realidade brasileira, são infinitamente menores do que os do futebol. Disso decorre uma conseqüência lógica: menos dinheiro envolvido, muito menos pilantras ao redor. O que faz dos dirigentes serem, invariavelmente, idealistas, apaixonados e voluntários. Os fatos, argumentos e premissas estão postos. Quem vai começar a discussão?
sexta-feira, 29 de maio de 2009
LIVROS
Livros. Sempre fui apaixonado por livros. Gosto não só da leitura, mas do livro como um todo. O objeto em si. Apesar de todo o conteúdo existente no mundo virtual de hoje, ainda não consigo ler algo mais longo do que um artigo através do computador. Você conhece alguém que já leu um romance pela internet? Devem existir vários, mas eu não conheço nenhum. Mas ultimamente, parece estar em curso um verdadeiro complô contra esses objetos, normalmente feitos de papel e que, sempre tiveram como uma de suas principais finalidades a de instruir as pessoas.
Outro dia Farouk Hosny, o ministro da Cultura egípcio, cunhou a seguinte frase: “Eu queimaria pessoalmente qualquer livro israelense que se encontrasse nas bibliotecas do Egito”. A frase, ainda que não contivesse a carga de preconceito que carrega já seria de uma violência atroz. É maior ainda quando descobrimos que o Sr. Hosny é candidato ao cargo de diretor-geral da Unesco. Sabe o que faz a Unesco? É o organismo internacional que se ocupa prioritariamente de livros e bibliotecas. O Diogo Mainardi da Veja, escreveu sobre ele na sua coluna do dia 20/05.
Mas ele tem um concorrente de peso. O Governo do Estado tem se “empenhado” bastante nessa cruzada. Alguns livros distribuídos pela Secretaria de Estado da Educação têm vindo com verdadeiras pérolas. Um livro de geografia que traz o Paraguai no lugar do Uruguai, Bolivia e Paraguai formando um país só e a América do Sul sem o Equador, não serve para dar credibilidade a esses objetos cheios de letras e folhas. Dizem que a Secretaria da Educação de então sumiu do mapa, por conta desses errinhos. Mais recentemente, estabeleceu-se a polemica com a distribuição de um livro de quadrinhos com piadas preconceituosas, de cunho racista e sexual. Um livro de poesias para crianças de 9 anos com conselhos irônicos sobre “como se tornar um super vilão”. Não ame ninguém. Tome drogas. Estupre. Uma fina ironia a qual as crianças da 3ª. série estão perfeitamente acostumadas não é? O Governador determinou providências e os livros foram retirados de circulação. Acho que vão ser queimados.
O que estará acontecendo então? A concorrência da informática com os livros é desleal. Som, movimento, interatividade e conteúdo. Todo o conteúdo que não se imaginaria a pouco tempo atrás. Com isso as principais fontes de pesquisa atuais são a Wikipédia e o Google. Cadê a Barsa? E a Delta Larouse? A Wikipédia, se é que alguém ainda não conhece, é uma enciclopédia virtual que é alimentada pelos conhecimentos dos internautas. É muito criticada por trazer informações que podem, digamos, não ser tão confiáveis assim. O Google também. Por buscar toda a informação existente na internet, traz como resultado de suas pesquisas muita bobagem. Pois é. Se a diferença entre o livro como ‘mídia’ e a internet, era a forma criteriosa em que o primeiro era elaborado e a informalidade e o livre acesso que caracterizam a rede, meus amigos, é melhor irmos nos acostumando com as maquininhas...
AINDA MAQUININHAS
Por falar em livros, maquininhas e etc... a Amazon.com, apresentou a nova versão do Kindle, um aparelho que tem a pretensão (e pelo jeito está partindo pra cima) de substituir o livro convencional. Analistas de mercado prevêm que o eBook, como vem sendo chamado, criado pelo grupo Amazon, se tornará um negócio de US$ 1,2 bilhão, até o ano que vem. Lançado no final de 2007, o Kindle vendeu mais de 500 mil unidades em menos de um ano, números que chamaram a atenção de criativos, como Steve Jobs.
Custando US$ 359, o eBook foi disponibilizado desde o próximo dia 24. Essa versão do Kindle, possui 7 vezes mais espaço que a anterior, armazenando até 1.500 títulos e tem a função text to speech, que converte texto em áudio. Stephen King esteve presente na apresentação, e mostrou parte de uma história que ele escreveu exclusivamente para o gadget, que tem 968 kb de tamanho e custará US$ 2,99.
Há um vídeo muito, mas muito legal que fizeram, que conta sobre cada nova feature do aparelho. Os livros, revistas e jornais, podem ser adquiridos via Kindle Store, que já conta com 230.000 títulos. Os blogs mais lidos do mundo, como TechCrunch ou Boing Boing, também podem ser lidos via Kindle. E tão interessante quanto tudo isso, é que até a Wikipédia pode ser vista, sem necessidade de qualquer espécie de conexão. Uau!
>>> tarjapreta.org
sábado, 23 de maio de 2009
O Café, a Aposentada e... Assis
Recentemente estive em uma loja do “Pão de Açúcar”. Procurava café solúvel e como nunca tinha entrado naquele supermercado, estava meio ‘perdido’ para localizar a seção onde iria encontrar o produto. Fui então abordado por uma senhorinha, dessas que se encontra aos montes nos supermercados, cabelos já totalmente grisalhos, mas extremamente bem cuidados, os indispensáveis óculos e aquela postura serena e confiante de quem já viveu, ensinou e ajudou muita gente. Com toda a paciência do mundo me levou exatamente ao setor que eu precisava e ainda perguntou se poderia me ajudar em mais alguma coisa. Ela poderia ser a minha avó. Poderia ser uma tia. Acho até que podia ser minha mãe (desculpa mãe, eu sei que você parece muito mais nova...). Era uma espécie de ‘consultora de consumo’ ou algo parecido. Me surpreendi com aquela atitude de uma grande empresa e fui verificar. Descobri então que o Grupo Pão de Açúcar tem uma política de atenção às pessoas da terceira idade, para “propiciar oportunidades para profissionais interessados em ingressar ou em se manter no mercado de trabalho. Nosso compromisso é oferecer um espaço de convivência para a população idosa, visando a socialização, melhoria da qualidade de vida, resgate da auto-estima e o exercício da cidadania, além de um ganho financeiro”. Está lá no site deles, pode conferir aí ao lado. (Digno de um click – Pão de Açúcar). Descobri também que o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, mantém um manual com o nome de “Como as Empresas podem (e devem) valorizar a Diversidade” (Digno de um click – Instituto Ethos) e que uma de suas associadas a Intermédica, empresa líder no setor de medicina de grupo no Brasil, com mais de 800 mil usuários, assumiu há alguns anos o compromisso de valorizar a diversidade como uma política a ser praticada em toda a organização. Ela adotou a orientação expressa de evitar atos discriminatórios no recrutamento e seleção, nos critérios de análise e nas operações do dia-a-dia e criou entre outros o Programa Especial de Admissão de Aposentados. Ao que parece esse é o rumo que se aponta para o futuro, uma vez que a cada dia que passa aumentam as condições de saúde e a disposição para o trabalho por parte dos aposentados.
No que diz respeito à cidade de Assis, especificamente quanto ao Poder Público, essa realidade pode estar caminhando para o sentido inverso.
Segundo a Lei Municipal nº. 295/2009, fica proibida - vejam bem – proibida, a nomeação para cargos de provimento em comissão de aposentados e pensionistas nos entes Estaduais, Federais, de suas Autarquias e Fundações, junto ao Poder Executivo, Poder Legislativo, Fundações e Autarquias do Município de Assis. A alegação é de que os aposentados em questão “já possuem sua renda mensal e meios de sua (sic) subsistência, inclusive com ganhos considerados suficientes para sua manutenção e de sua família, visto que quem se aposenta pelos órgãos acima, se aposentam (sic) com um bom salário”. Esse projeto, apesar de ter como autores todos os vereadores do município (ao menos todos assinaram), teve apenas três votos contrários, talvez não coincidentemente três dos vereadores do Democratas (Ana Santa, Márcio e Bahia). Arlindo, por ser Presidente da Casa não votou. O Prefeito não vetou o Projeto mas também não o sancionou, tendo o mesmo se transformado em Lei Municipal por ‘sanção tácita’. Muito se pode argumentar em defesa de atitudes como essa mas, que estamos diante de um contra-senso, isso é inegável.
É importante e salutar informar que, como a proibição em questão diz respeito aos cargos ditos ‘em comissão’ ou seja, aqueles de livre nomeação e destinados à atividades de chefia, assessoramento e direção. Salvo melhor juízo as atribuições anteriores têm ligação estreita com a experiência.
Dispensar os préstimos de pessoas que não só pela dedicação mas também e principalmente pelas experiências anteriores possam ter se gabaritado para atividades importantíssimas é, no mínimo politicamente incorreto. Isso sem falar nas questões jurídicas fundamentais... Mas isso é outra estória. Será que o caminho é esse?