domingo, 23 de outubro de 2011

TODOS POR UM...


   Governabilidade. Não sei dizer há quanto tempo essa palavra “existe”  na língua portuguesa mas posso garantir que é um desses neologismos que volta e meia aparecem por aí. Deveria designar um pacto que tem por finalidade conseguir administrar um governo em situação de crise. Mas, como não poderia deixar de ser, e seguindo a imensa criatividade dos atores políticos brasileiros, a expressão, tão logo é ouvida, nos remete a outro cenário.
  Passou a ser sinônimo de conchavo, da distribuição fisiológica de cargos, da concessão de vantagens, até mesmo em espécie.
  A governabilidade se instalou no dna das crises politicas, no cerne da banalização da queda de ministros, pilhados com a mão na massa ou a boca na botija, isso quando não em ambos.
  A governabilidade é a mãe da expressão “deixa o homem trabalhar”, cunhada pelos petistas em 2005, no auge de um dos maiores escândalos da República, quando veio a tona o mensalão, e é neta do decrépito e imortal “rouba mas faz”. 
  A governabilidade está instalada como um vírus na câmara de vereadores que, diante de uma (ou inúmeras) denúncias, deixa de lado seu papel fiscalizador e adota o discurso de que “tudo não passa de jogo político”. Investigar para que? Vai que se descobre o que está ali, exposto na vitrine? Quem vai querer perder as benesses, nem que seja uma ‘valiosa’ vaga de estacionamento?
  Quer um argumento maior ou melhor para se evitar constrangimento, cobrando providencias que deveriam ser urgentes mas que se perderam nos corredores dos imóveis alugados da administração?  Existe melhor resposta para o incomodo silêncio que se faz nas sessões do legislativo acerca das inexistentes obras de infraestrutura que o tempo, o clima, insiste irritantemente em vir a incomodar o sono obeso dos incompetentes? 
  E com isso, o círculo vicioso e autofágico do poder, mantém sua ilusão de que tudo está perfeito, tudo está maravilhoso. E que quem for nota dissonante nessa sinfonia, está prejudicando a governabilidade. Ao desgoverno então, ora bolas! É isso ai. 

 

3 comentários:

Roberto de Almeida Floeter disse...

Caro Saulo, o que se esconde por detrás desta chamada "governabilidade" em nossa política nacional, é a coptação de políticos mesquinhos que se colocam ao lado do poder e de lá ganham suas regalias. Em uma democracia é fundamental o debate, não esse debate que é realizado nesta "Câmara Insossa" como é a de Assis.

Terezinha Z. disse...

Governabilidade, em nome dessa governabilidade vimos uma prefeitura inchada de cargos em comissão com pessoas despreparadas. Destaco a pasta da saúde que está até o "pescoço" de problemas e dívidas com fornecedores. A atual secretária tem privilegiado o clientelismo político, substituindo servidores de carreira competentes por funcionários em comissão despreparados, alguns recém formados. Outra coisa Saulo, se existisse uma vigilância sanitária séria em Assis, o ambulatório de especialidades não funcionaria. Outra coisa o COREN está na cidade e já multou o município por não ter enfermeiro em unidades básicas de saúde.

Anônimo disse...

E O PRAZER QUE DEU........

O Panamericano terminou... mas o que deu prazer não foram os ouros.... foi ver nezinho jogando na seleção de basquet, esse o mesmo nezinho do ASSIS basquet, o Ubiratan como tecnico adjunnto...esse o mesmo ubiratan que deu aulas em assis de educação fisica...
Enfim o que deu prazer foi ver que o PREFEITO APAGAO acaba com tudo o que existe de destaque em ASSIS....

E aindfa quer nomear o proximo PREFEITO VIU...
Anda SPERA Sentado que a coisa fica bem