domingo, 3 de julho de 2011

BRÁSILEIRAS E BRÁSILEIROS

  Lí na semana que se encerrou, um artigo do ex-deputado Fábio Feldmann na Folha (terça- feira, 28 de junho), onde ele faz, ao a um só tempo, um desabafo de seu descontentamento com relação aos rumos tomados no Brasil pelos partidos políticos em geral e uma indicação de como pretende fazer política de agora em diante (leia o texto na íntegra clicando AQUI).
 Pode-se até não concordar com o político Feldmann, mas uma coisa é certa, ele é um daqueles vários que diz-se coerentes com sua corrente de pensamento e linha de trabalho.
  Mas a cada dia que passa, a realidade por ele relatada fica mais latente. Diz ele: “...assisti ao gradual descolamento do sistema partidário da sociedade, transformando-se em espaço prioritário de conquista e manutenção do poder, de administração de butins eleitorais, ao largo das demandas, dos sonhos e da criatividade que vêm da sociedade.”
  E é somente a isso que têm se prestado os partidos ultimamente. Não existe mais uma identidade programática, um posicionamento na sociedade.
“...assisti ao gradual descolamento do sistema partidário da sociedade, transformando-se em espaço prioritário de conquista e manutenção do poder, de administração de butins eleitorais, ao largo das demandas, dos sonhos e da criatividade que vêm da sociedade.” Fábio Feldmann
 Se os antigos rótulos de esquerda e direita estão ‘desgastados’, é indiscutível que existem divergências na abordagem das políticas públicas e as pessoas, felizmente, não têm todas uma mesma visão do que seja prioritário para o que entendem como a sociedade ideal.
  Mas a se observar a política partidária, o que se vê hoje é uma ‘sarneyzação’ dos políticos e dos partidos. Isso mesmo. O ex-presidente que era da Arena e apoiava a ditadura, depois do PDS, passou para a Frente Liberal, depois PFL para poder ser candidato a vice-presidente, ascendeu à presidência por um acidente histórico com a morte do Tancredo, e, para manter-se nos arredores do poder, hoje está, junto com o PMDB, servindo de suporte para o governo do outrora esquerdista PT. Esse é um quadro clássico da postura de nossa classe política.
  E o que se vê hoje, nessa tal classe política é uma busca pura e simples pelas “letrinhas” dos partidos, ninguém nem sabe quais são suas cartas de princípios. O que importa é a quantidade de cadeiras nos legislativos, o horário de rádio e TV. São sucessivas rasteiras, na calada da noite, para ter o ‘domínio’ do maior número de partidos, de todas as cores e tamanhos, para poder vender na primeira eleição que vier pela frente. É isso aí.

2 comentários:

Roberto de Almeida Floeter disse...

Quem na política hoje em Assis prega a nitidez administrativa? A moralidade na política? Alguns até usam o discurso da ética e da moralidade, outros da religião,todos tentando evidenciar o que não ocorre na prática. Tem politico que muda de partido e de ideologia, uma caricatura, sempre atrás de interesses mundanos. Penso que chegou o momento da ousadia, ousadia de desmascarar o falso discurso dos que zombam da nossa inteligência.

Anônimo disse...

A norma que vigora já algum tempo nos meios politicos local, estadual e nacional é a lei do Gerson "Eu gosto de levar vantagem em tudo Cerrrto!!!" nosso municipio, nosso estado e nosso país caminham a passos largos para a total perda da vergonha na cara. Rui barbosa estava coberto de razão quando disse que "o honesto teria vergonha de ser honesto" estamos vivenciando isso sem que os orgãos competentes nada fazem para coibir tal pratica. Que i diga o Ministerio público local. Um orgão totalmente sem função, pois sua finalidade é defender a Sociedade, mas não é o que faz.