Ataque contra defesa. Isso, igualzinho nos
prosaicos treinos de futebol quando o treinador arma seu ataque para treinar
com a própria defesa. Tem isso no basquete também e acho que em outros esportes
coletivos. Mas não é disso que estou falando. Bem que eu gostaria de estar
falando sobre esportes, mas me falta, além de competência, material para falar,
já que, ao menos na cidade, o esporte anda raquítico.
Mas para variar, estou falando da política. E
não é só da política local, não. A política se transformou num mero ataque
contra defesa.
Primeiro foram os partidos. Alguém
conseguiria, seriamente, classificar os atuais partidos conforme sua linha de
atuação, seu pensamento econômico-ideológico? Viraram todos, sem exceção, uma
geleia geral, siglas sendo montadas ao sabor dos interesses de suas lideranças
principais. Têm como combustível o fisiologismo, calcado na infinita barganha
de cargos e a constante volúpia pelo poder.
E eis que, além disso, se esgotam na política
pela política, reduzidos atualmente na defesa irrestrita do “poder” ou no
ataque sistemático aos contrários. No placar, escândalos crescentes e
infinitos. A descoberta de uma falcatrua nova a justificar a própria, mais antiga,
como que a legitimar lhe. Não importa O
QUE houve, mas QUEM o fez. A regra, que nesse campo não é tão clara, é
minimizar as traquinagens dos amigos e correndo apontar para a malvadeza do
adversário. Até porque sempre existem dos dois lados. E a torcida, ao final, é
obrigada a escolher entre o péssimo e o horrível. Sem direito a devolução do
ingresso, que é caro, bem caro!
É isso aí.
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