domingo, 22 de abril de 2012

RETRANCA


   Ataque contra defesa. Isso, igualzinho nos prosaicos treinos de futebol quando o treinador arma seu ataque para treinar com a própria defesa. Tem isso no basquete também e acho que em outros esportes coletivos. Mas não é disso que estou falando. Bem que eu gostaria de estar falando sobre esportes, mas me falta, além de competência, material para falar, já que, ao menos na cidade, o esporte anda raquítico.

  Mas para variar, estou falando da política. E não é só da política local, não. A política se transformou num mero ataque contra defesa.

  Primeiro foram os partidos. Alguém conseguiria, seriamente, classificar os atuais partidos conforme sua linha de atuação, seu pensamento econômico-ideológico? Viraram todos, sem exceção, uma geleia geral, siglas sendo montadas ao sabor dos interesses de suas lideranças principais. Têm como combustível o fisiologismo, calcado na infinita barganha de cargos e a constante volúpia pelo poder.

  E eis que, além disso, se esgotam na política pela política, reduzidos atualmente na defesa irrestrita do “poder” ou no ataque sistemático aos contrários. No placar, escândalos crescentes e infinitos. A descoberta de uma falcatrua nova a justificar a própria, mais antiga, como que a legitimar lhe.  Não importa O QUE houve, mas QUEM o fez. A regra, que nesse campo não é tão clara, é minimizar as traquinagens dos amigos e correndo apontar para a malvadeza do adversário. Até porque sempre existem dos dois lados. E a torcida, ao final, é obrigada a escolher entre o péssimo e o horrível. Sem direito a devolução do ingresso, que é caro, bem caro! 
É isso aí. 


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