A Páscoa, adotada pela tradição
cristã/católica como um dos principais eventos do calendário anual, transcende
não só os âmbitos religiosos como do próprio tempo, já que se tem notícias de
que era comemorada bem antes do nascimento de Cristo. Sempre simbolizou o
renascimento, o recomeço, o início da primavera (no hemisfério norte), etecetera
e tal. O coelhinho veio bem depois.
E tem também o feriadão das comilanças e dos congestionamentos.
Da indústria batendo recordes e da produção superando qualquer guru que tenha
feito previsões para o futuro há 10 anos. Da mobilidade entre as faixas econômicas da
população com o crescimento da nova classe “c”. E temos que comemorar claro. É mais
ou menos igual a campeonato paulista. Não vale muita coisa, não classifica para
mais nada, mas não podemos perder a chance de comemorar e principalmente de
tripudiar os rivais.
Só que os Demóstenes continuam a surgir com
uma frequência irritante e que com ou sem pré-sal voltamos a ser um dos maiores
importadores de gasolina e, difícil de acreditar, importamos álcool dos Estados
Unidos.
E está lá, no Radar On Line do
Lauro Jardim, que segundo o Benjamin Steinbruch, dono da CSN, é mais barato
tocar uma fábrica na Alemanha do que no Brasil. “Ist die krise” diria o coelhinho da páscoa alemão, é a crise,
é a crise. “É nóis na fita mano”,
diria seu colega brasileiro. É isso aí...
Um comentário:
Muito bom Saulinho. Um acrescimo: o custo de produção do alcool nos EUA é maior que o do Brasil (alcool lá é feito basicamente de milho, alimento nobre tanto para humanos como para animais, alguns deles comidos pelos humanos...). Ainda assim, por lá, segundo as fontes, não falta este produto...
Postar um comentário