domingo, 12 de julho de 2009

FAST FOOD, FAST INFORMATION


Quem levantou essa questão outro dia foi minha amiga Nilza, que, como sempre, está acompanhada de questões pertinentes. Saiu na Época da semana passada. A cultura do fast. Fast food, via expressa, informação instantânea. Consumo imediato. Acredito na democratização da informação, mas a discussão sobre esses novos hábitos deve ganhar corpo. Por mais que ressaltemos a importância do acesso à informação, da possibilidade de aquisição de produtos antes difíceis de encontrar, a agilidade que os novos meios proporcionam na tomada de decisões de todas as espécies, essa doença do imediatismo tem que ser combatida. “Vivemos o delírio do tempo. Tudo tem de ser veloz. O processo e a reflexão são sempre pouco importantes”, diz o filósofo Mário Sérgio Cortella, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Acho difícil que a nossa geração perca alguns hábitos, como ler jornais "no papel", assim como os livros, ouvir os "discos" inteiros, assistir filmes no cinema. Mas não garanto que a próxima geração ainda mantenha esses costumes. A cultura do "slow food" já é uma realidade. Alguns donos de restaurante italianos se uniram para barrar o avanço das redes de 'fast-food'. Surgia assim o slow food, um movimento para resgatar os prazeres da mesa que iam se perdendo com as refeições rápidas e industrializadas. A idéia deu origem a uma filosofia de desaceleração. Já é hora de começar a discutir uma cultura de "slow information". Sabe aquele livro que você lê deitado numa rede? Aquele jornal naquela poltrona? Esse hábito não pode ser esquecido, pode? É isso aí.

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