Você acredita ingenuamente que conseguiu sobreviver ao carnaval. Aos “vou não, posso não”, aos “tchubirabirons” e “foge foge superman” todos. Seus ouvidos respondem satisfatoriamente apesar dos incontáveis “comentaristas carnavalescos” que brotam na TV nessa época do ano. E aí, acorda na quinta feira e descobre que é dia 10. O décimo dia de qualquer mês já é complicado por natureza, haja fatura para pagar, dá-lhe boleto para quitar. Mas o dia 10 de março é muito pior. É que aí entram os “Is”. IPTU, IPVA, i daqui, i de lá. Tudo isso pós carnaval então, nem se fala.
Ao entrar nas agências bancárias, esta lá a lembrança do carnaval de novo. Não, não é pela alegria popular não. É pela aglomeração mesmo. Lembra das imagens da Praça Castro Alves em Salvador? E das ruelas de Olinda com aqueles monstrengos passando e o povão se espremendo? Pois é, os bancos no fatídico dia 10 pós feriado são exatamente iguais. Sem a Ivete ou a Claudia.
Chega a parecer engraçado, mas toda essa situação caótica reflete muito bem a situação de quem ainda precisa se utilizar de agencias bancárias. E tem muita gente que ainda se utiliza delas. Por mais avançados que estejam os sistemas de informática e difundido o acesso via internet do sistema bancário, a aglomeração que mencionei e que quem pôde presenciar constata, ainda é um contingente de respeito. E os bancos, empresas que mais lucram nesse país, a cada dia que passa, parecem viver mais e mais dentro daqueles comerciais de TV onde tudo funciona, tudo é lindo e maravilhoso. Não é por acaso que propaganda de banco nunca mostra uma fila de atendimento. Parece até que elas não existem.
E olha que quase todo município já tem lei definindo um prazo máximo para o atendimento, mas e que faz com que cumpram?
E o pior é que esse ambiente não tem produzido apenas a insatisfação dos clientes. Criou mais uma “oportunidade de negócios” para os criminosos de plantão. Agora agindo em uma nova “modalidade” a saidinha do banco. Eles ficam observando os clientes, vêm aqueles que sacam dinheiro, se comunicam com os comparsas do lado de fora ou dão um jeito de seguir a vítima e finalmente dão o bote. Não têm nem escolhido muito as vítimas não. Vai qualquer: um idoso, jovem, homem, mulher. Se você achar melhor passar por um auto atendimento em um horário sem movimento, cuidado: ele pode explodir enquanto está sendo usado. Outra modalidade crescente de criminalidade. Explosão de caixa automático.
Um comentário:
Concordo com voce Saulo! o brasileiro continua refem dos Bancos e dos Impostos cada dia mais caros e o pior, sem nenhum retorno quer seja, nas estradas,saude, educação, ou seja nada; principalmente em nossa cidade que cada dia que passa fica pior.
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