Não é nenhuma novidade. Desde os
tempos das caravelas, o poder está diretamente ligado à comunicação. Portugueses
e espanhóis dominaram o planeta quando controlavam os mares e esta era a única
forma de transportar bens e conhecimentos. Os mares foram tomadas pelos
ingleses e franceses e assumiram o papel de donos do mundo. Com o domínio da
tecnologia (e dos meios de comunicação) os americanos se aboletaram no cargo de
xerifes do universo.
Não é a toa que os caciques do PT aprovaram em seu congresso anual
realizado no início desse mês de setembro, a proposta de um instrumento de
controle que visa “garantir uma imprensa
de boa qualidade e empresas de comunicação sólidas e eficientes”. Bonito
não é? Mas o que se esconde atrás do glacê desse belo bolo é a mais comezinha
intenção de confirmar uma imprensa “chapa branca” no país.
Acontece que a coisa já não é tão simples assim. Foi se o tempo em que
quem tinha a força tinha o poder e quem tinha o poder tinha (ou tentava ter) o
controle da comunicação como forma de manutenção dessa situação privilegiada.
Os nerds, que apesar do nome
novo sempre existiram e viviam, até meados da década de 70, totalmente à
margem, pois apesar de serem detentores do conhecimento não detinham a força,
se vingaram e criaram praticamente tudo que hoje ´domina´o mundo, especialmente
no que diz respeito à informática e seu vasto arsenal de comunicação instantânea.
Já se sabe o que está acontecendo na Libia, no Tibet ou no Morro do
Alemão, on line – real time, via Twitter, blogs ou
redes sociais. Praticamente qualquer pessoa pode organizar uma manifestação ou
fazer uma denúncia usando apenas “aparelhos domésticos” vendidos em 12
prestações. Qualquer criança consegue montar uma rádio de alcance global, assim
como transmitir imagens worldwide. E quem não souber lidar com isso... esse sim,
vai passar a dominado.
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