domingo, 11 de setembro de 2011

#MORDAÇA_NÃO

  Não é nenhuma novidade. Desde os tempos das caravelas, o poder está diretamente ligado à comunicação. Portugueses e espanhóis dominaram o planeta quando controlavam os mares e esta era a única forma de transportar bens e conhecimentos. Os mares foram tomadas pelos ingleses e franceses e assumiram o papel de donos do mundo. Com o domínio da tecnologia (e dos meios de comunicação) os americanos se aboletaram no cargo de xerifes do universo.

  Não é a toa que os caciques do PT aprovaram em seu congresso anual realizado no início desse mês de setembro, a proposta de um instrumento de controle que visa “garantir uma imprensa de boa qualidade e empresas de comunicação sólidas e eficientes”. Bonito não é? Mas o que se esconde atrás do glacê desse belo bolo é a mais comezinha intenção de confirmar uma imprensa “chapa branca” no país.

  Acontece que a coisa já não é tão simples assim. Foi se o tempo em que quem tinha a força tinha o poder e quem tinha o poder tinha (ou tentava ter) o controle da comunicação como forma de manutenção dessa situação privilegiada.

  Os nerds, que apesar do nome novo sempre existiram e viviam, até meados da década de 70, totalmente à margem, pois apesar de serem detentores do conhecimento não detinham a força, se vingaram e criaram praticamente tudo que hoje ´domina´o mundo, especialmente no que diz respeito à informática e seu vasto arsenal de comunicação instantânea.

  Já se sabe o que está acontecendo na Libia, no Tibet ou no Morro do Alemão,  on line – real time, via Twitter, blogs ou redes sociais. Praticamente qualquer pessoa pode organizar uma manifestação ou fazer uma denúncia usando apenas “aparelhos domésticos” vendidos em 12 prestações. Qualquer criança consegue montar uma rádio de alcance global, assim como transmitir imagens worldwide.  E quem não souber lidar com isso... esse sim, vai passar a dominado.

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