Se compararmos com um passado recente, até
que houve um progresso e tanto. A partir de 2001 com a entrada em vigor da Lei
de Responsabilidade Fiscal, houve uma sensível organização nas coisas que podem
e que não podem ser feitas na administração pública, especialmente naquilo que
diz respeito aos gastos públicos.
Mas (claro sempre tem um “mas”), o que temos
visto por aí começa a chamar a atenção exatamente sobre o que deixa de ser
feito por aqueles que têm um mandato.
Começa por aquele que parece ser a fonte de
quase todos os problemas dos atuais governos, ou seja, o loteamento dos cargos
dos primeiros escalões entre os partidos “da base”. Em nome da governabilidade,
se entrega postos chave da administração a pessoas que, na maioria das vezes,
pouca ou nenhuma afinidade têm com a pasta que irão assumir. Basta possuir
algum destaque no partido “padrinho”, de preferência ser um futuro candidato a
um cargo eletivo e tudo bem.
E é exatamente esse o ponto a que eu queria
chegar. Como é que fica a situação das coisas que são deixadas de lado, que
pura e simplesmente deixam de ser feitas. Falo daquelas que deveriam ser feitas
e por mera opção do governante não são. Como as apurações de responsabilidade
por exemplo. Como as obras essenciais que são esquecidas. Como as construções com
péssima qualidade que caem sobre a cabeça da população, como o forro de gesso
da unidade de pronto atendimento da Vila Maria Isabel, na semana passada. O
prédio foi inaugurado a pouco mais de 2 anos pela atual administração e desde
então a sofrível qualidade da obra, recebida como perfeita, tem sido destacada
por usuários e funcionários. Por sorte ninguém morreu ou ficou ferido, mas isso
não quer dizer que o dinheiro público não tenha virado pó.
Essa responsabilidade implícita é que deveria
ser cobrada e que muitas vezes acaba passando completamente ao largo. Essa
seria uma responsabilidade dos vereadores, mas... aí voltamos à questão do loteamento
que falei no começo.
É como fez o italiano comandante da capitania
dos portos ao capitão do Costa Concordia, que pulou fora quando viu que esse ia
fazer água: "Volte para o navio,
isso é uma ordem". Alguém aí sabe o telefone desse tal comandante?
Um comentário:
Comandante??? Sabemos a muito tempo que Assis está sem, afinal cuidar das criancinhas doentes e da cidade doente é muita coisa para um só Doutor.
Parabéns pela postagem.
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