Esteve
por um fio. Realmente por muito pouco São Paulo não parou. Durante a semana
pudemos acompanhar o drama da capital, uma das cidades mais dependentes do
automóvel do mundo, que esteve prestes a parar por falta de combustível. Tudo
por conta da restrição de circulação de caminhões pesados nas marginais e “centro
expandido” nos períodos das 5h às 9h e das 17h às 22h, de segunda a sexta-feira,
e das 10h às 14h aos sábados, que fez com que os motoristas autônomos que fazem
o abastecimento dos postos parassem, para mostrar a importância de sua
atividade.
Considero que a restrição está dentre àquelas
medidas desesperadas da Prefeitura de resolver um problema para o qual muita
gente alerta, mas pouco ou quase nada é feito. O colapso total virá. É claro
que sem as gigantescas carretas circulando pela marginal, o trânsito tende a
ter uma certa folga. Mas até quando? Quantos meses até que o número de
automóveis e veículos leves volte a travar tudo?
Rodízio, restrições, pedágio urbano e outras
ideias resolvem temporariamente, mas e o transporte público? As tentativas de transporte alternativo, como
as bicicletas, por exemplo, esbarram na falta de costume, nas distancias e
transformam os idealistas ciclistas em mais um alvo dos carros e ônibus.
As linhas de metrô existentes e as poucas em
construção ou em projeto são insipientes. De que adianta a montanha de dinheiro
que os poderes públicos estão jogando para realizar uma copa do mundo, sem
investir em infraestrutura básica?
Kassab se elegeu por que a população
identificou nele a possibilidade de resolver (em parte claro) o problema do trânsito.
E vai amargar uma derrota retumbante exatamente por esse mesmo motivo. A menos
que corra para alguma outra candidatura que não a própria, mas isso já é outra
estória. É isso aí...
Um comentário:
Espero que o Kassab nunca mais se eleja a cargo politico nenhum... Desde o ano passado, ele esqueceu de cuidar da cidade de SP e só pensa no partido dele
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