domingo, 11 de março de 2012

PARALISADO


Esteve por um fio. Realmente por muito pouco São Paulo não parou. Durante a semana pudemos acompanhar o drama da capital, uma das cidades mais dependentes do automóvel do mundo, que esteve prestes a parar por falta de combustível. Tudo por conta da restrição de circulação de caminhões pesados nas marginais e “centro expandido” nos períodos das 5h às 9h e das 17h às 22h, de segunda a sexta-feira, e das 10h às 14h aos sábados, que fez com que os motoristas autônomos que fazem o abastecimento dos postos parassem, para mostrar a importância de sua atividade.

  Considero que a restrição está dentre àquelas medidas desesperadas da Prefeitura de resolver um problema para o qual muita gente alerta, mas pouco ou quase nada é feito. O colapso total virá. É claro que sem as gigantescas carretas circulando pela marginal, o trânsito tende a ter uma certa folga. Mas até quando? Quantos meses até que o número de automóveis e veículos leves volte a travar tudo?

  Rodízio, restrições, pedágio urbano e outras ideias resolvem temporariamente, mas e o transporte público?  As tentativas de transporte alternativo, como as bicicletas, por exemplo, esbarram na falta de costume, nas distancias e transformam os idealistas ciclistas em mais um alvo dos carros e ônibus.

  As linhas de metrô existentes e as poucas em construção ou em projeto são insipientes. De que adianta a montanha de dinheiro que os poderes públicos estão jogando para realizar uma copa do mundo, sem investir em infraestrutura básica?

  Kassab se elegeu por que a população identificou nele a possibilidade de resolver (em parte claro) o problema do trânsito. E vai amargar uma derrota retumbante exatamente por esse mesmo motivo. A menos que corra para alguma outra candidatura que não a própria, mas isso já é outra estória. É isso aí...


Um comentário:

Eduardo disse...

Espero que o Kassab nunca mais se eleja a cargo politico nenhum... Desde o ano passado, ele esqueceu de cuidar da cidade de SP e só pensa no partido dele