domingo, 7 de agosto de 2011

CONCRETO

  Durante anos o velho hippie todo dia ia até o muro, do lado ocidental, e dava uma martelada. Dizia que iria derrubá-lo, no que era tratado como mais um daqueles loucos que andavam pela cidade. De repente, outros como ele, cada um à sua maneira, deram sua “martelada” no muro e para espanto, satisfação e incredulidade do mundo, em 09 de novembro de 1989 o Muro de Berlim deixou de existir. Quem no inicio da década de 80 do século passado teria arriscado prever a derrubada do muro, símbolo da separação dos pensamentos políticos dominantes na época? Ao contrário, muitos acreditavam em um crescimento do muro simbólico que distinguia as ideologias. 
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 Mas por mais que uma única martelada jamais derrubaria sozinha o Muro de Berlim, se não fosse a crença de que ele realmente poderia cair, ele estaria em pé até hoje.”
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  Assim também outros colossos caíram desmentindo a verdade dominante de que seriam impávidos. A PanAm quebrou, o apartheid sulafricano acabou, a China já conversa com o resto do mundo, o império americano balança.   

  A história comprova que não há mito inatingível e os dados demonstram que a fragilidade surge principalmente quando esse se convence disso.
  Mas por mais que uma única martelada jamais derrubaria sozinha o Muro de Berlim, se não fosse a crença de que ele realmente poderia cair, ele estaria em pé até hoje. 

  E você? Está dando a sua “martelada” diária?

6 comentários:

Anônimo disse...

Acho que todos deveriam dar sua martelada diaria!!! sabe porque? porque é o dever de todo Cidadão, defender seus direitos como tambem exercer seus deveres, para que um dia possamos reconhecer que fizemos alguma coisa util em pról do país e dos que mais precisam. Basta de corrupção chega de mensalão fora espertalhões!!! Os vampiros da Administração Púlica.

A.Larizzatti disse...

A china vai conversar ate que todos parques industriais estejam fechados ou sucateados,dai sera a vez dos vermelhos darem as ordens no mercado....espere e veras meu amigo.Dr Larizzatti

Roberto de Almeida Floeter disse...

Caro Larizzatti, qual é o seu medo dos vermelhos, em épocas passadas acreditavamos que comiam crianchinhas, mas hoje na tabela de cores existem uma infinidade de vermelhos e meu avô sempre dizia que só existiriam "vermelhos" enquanto a renda estiver mal distribuida, as iniquidades socias não desaparecerem, acabar esse tal de patrimonialismo. Que tal lutarmos para acabar o "vermelho" no Brasil.

Mirna disse...

Penso que, como pretensos cidadões conscientes, discutimos e reclamamos do panorama nacional com familiares, nas rodas com amigos, em encontros sociais,etc. Mas ficamos por aí.Não damos marteladas em absolutamente nada e não nos mobilizamos para sair de casa e protestar. Presenciamos um número expressivo de pessoas na marcha da Parada Gay, na marcha a favor da maconha, na marcha Evangélica. Ponto. Ninguém quer saber de se manifestar contra esta corrupção sórdida que corrói o país. Portanto, a passividade dos brasileiros permanece em berço esplêndido. Só tenho que lamentar, pois "NÓS" (me incluo), jamais sairemos de nossa letargia para dar a GRANDE MARTELADA.

Mirna disse...

Sr. Roberto, acredito que enquanto esta política rasteira predominar no nosso país, continuaremos a presenciar as iniquidades, o patrimonialismo e a renda mal distribuída. Agora, quanto aos chineses, torna-se necessário analisar o que vem acontecendo na África. Eles são vorazes no que tange aos recursos minerais e ao petróleo africanos. Não abrem mão de suas características culturais e, consequentemente, não respeitam os costumes de outros povos. Quanto aos operários (Foxconn), segundo Folha de S. Paulo, eles reclamam "de intimidação para produzir horas extras, pressão para atingir metas e ritmo de trabalho hipertenso". Os chefes promovem constante vigilância, as jornadas de trabalho são muito longas, existe falta de desconfiança e a administração é totalmente centralizada. Eles não respeitam os direitos do trabalhador.Então,acho que a questão é mais profunda e merece maior reflexão.

Mirna disse...

Peço desculpas pelo erro cometido acima, mas foi a pressa. Correção: cidadãos.