É fato. Se existem duas coisas que são indissociáveis
essas são a democracia e a liberdade de imprensa. É impensável a existência de
uma sem a outra. Independentemente do ponto de vista. Não se pode dizer que
existe uma democracia se não houver liberdade de imprensa, assim como é praticamente
impossível se falar em imprensa livre em um ambiente totalitário.
Basta ver que, o primeiro pensamento de se
impor um governo ilegítimo, vem acompanhado da ação contra uma imprensa
opinativa e livre. Basta ver o que acontece na Venezuela. Ou até mesmo na
Argentina recentemente. Isso para não falar em Cuba, na China.
Já falei anteriormente que os meios digitais,
como as redes sociais e os blogs possibilitaram um novo enfoque sobre essa
situação. Os panfletos que antes eram impressos em mimeógrafo ou ‘xerox’ se
transformaram nos blogs, twitter, tumblrs, ‘faces’ e têm a possibilidade de
atingir milhões de pessoas. As recentes manifestações no Egito, na Síria e nos
demais países daquela região, têm mostrado que a palavra, quando bem difundida,
tem até mais poder do que os coquetéis molotovs.
E essa visão já é de domínio de alguns
políticos, digamos, mais antenados com o nosso tempo, mais abertos para os
caminhos globalizados da Terra. E esse talvez seja o maior diferencial da
política atual. Aquele que não dominar os meios eletrônicos, em um futuro muito
próximo será excluído do processo, com as exceções “tirirísticas” (péssimo neologismo, mas não me ocorreu outro)
de sempre.
Estamos em um tempo em que não adianta mais
gastar os tubos de dinheiro com propagandas do tipo “pague seu IPTU em dia...”,
“veja as obras realizadas...”, “mantenha seu terreno limpo...” e mais um monte
de baboseiras criadas pelos burocráticos departamentos de ‘comunicação’ que
fazem de tudo menos comunicar realmente.
Chegamos ao tempo da comunicação direta,
imediata. Da resposta instantânea, do posicionamento real. Já quase não existe
espaço para o programinha de rádio pré-gravado ou a entrevistinha com
perguntinhas combinadas com antecedência. E esse é um papel que envolve os dois
lados. A imprensa e o poder.
Assim, a prestação de contas frontal, deixou
de ser uma arma daqueles que se diziam “bons de microfone”, mas passou a ser
uma obrigação de quem ocupa algum cargo diretivo. Seja ele qual for. Chegamos à
era da prestação de contas on line. Ou
você sabe do que está falando ou vai ficar quase impossível disfarçar a
incapacidade. Fugir da responsabilidade dessa prestação então... Pode ter um
preço caríssimo. É só acompanhar e constatar. É isso aí.
Nenhum comentário:
Postar um comentário