domingo, 22 de janeiro de 2012

A UM CLICK


   É fato. Se existem duas coisas que são indissociáveis essas são a democracia e a liberdade de imprensa. É impensável a existência de uma sem a outra. Independentemente do ponto de vista. Não se pode dizer que existe uma democracia se não houver liberdade de imprensa, assim como é praticamente impossível se falar em imprensa livre em um ambiente totalitário.
  Basta ver que, o primeiro pensamento de se impor um governo ilegítimo, vem acompanhado da ação contra uma imprensa opinativa e livre. Basta ver o que acontece na Venezuela. Ou até mesmo na Argentina recentemente. Isso para não falar em Cuba, na China.
  Já falei anteriormente que os meios digitais, como as redes sociais e os blogs possibilitaram um novo enfoque sobre essa situação. Os panfletos que antes eram impressos em mimeógrafo ou ‘xerox’ se transformaram nos blogs, twitter, tumblrs, ‘faces’ e têm a possibilidade de atingir milhões de pessoas. As recentes manifestações no Egito, na Síria e nos demais países daquela região, têm mostrado que a palavra, quando bem difundida, tem até mais poder do que os coquetéis molotovs.
  E essa visão já é de domínio de alguns políticos, digamos, mais antenados com o nosso tempo, mais abertos para os caminhos globalizados da Terra. E esse talvez seja o maior diferencial da política atual. Aquele que não dominar os meios eletrônicos, em um futuro muito próximo será excluído do processo, com as exceções “tirirísticas” (péssimo neologismo, mas não me ocorreu outro) de sempre.
  Estamos em um tempo em que não adianta mais gastar os tubos de dinheiro com propagandas do tipo “pague seu IPTU em dia...”, “veja as obras realizadas...”, “mantenha seu terreno limpo...” e mais um monte de baboseiras criadas pelos burocráticos departamentos de ‘comunicação’ que fazem de tudo menos comunicar realmente.
  Chegamos ao tempo da comunicação direta, imediata. Da resposta instantânea, do posicionamento real. Já quase não existe espaço para o programinha de rádio pré-gravado ou a entrevistinha com perguntinhas combinadas com antecedência. E esse é um papel que envolve os dois lados. A imprensa e o poder.
  Assim, a prestação de contas frontal, deixou de ser uma arma daqueles que se diziam “bons de microfone”, mas passou a ser uma obrigação de quem ocupa algum cargo diretivo. Seja ele qual for. Chegamos à era da prestação de contas on line. Ou você sabe do que está falando ou vai ficar quase impossível disfarçar a incapacidade. Fugir da responsabilidade dessa prestação então... Pode ter um preço caríssimo. É só acompanhar e constatar. É isso aí. 


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